O clone de Fábio Vieira, a palavra do presidente e as condições adversas: tudo o que disse Vítor Bruno
Recorde tudo o que disse Vítor Bruno após a vitória do FC Porto na receção ao Casa Pia, por 2-0, no jogo que encerrou a 12.ª jornada da I Liga
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O que disse Vítor Bruno na flash interview:
Prenda em dia de aniversário? “Tudo no que toca a a mim é o menos importante, queria que os jogadores ganhassem, que fossem felizes, têm trabalhado muito, têm sido muito honestos no trabalho, têm tido uma crença muito grande no que estamos aqui a construir, esse é o maior motivo de orgulho que eu tenho hoje neste dia. Foi um jogo bem conseguido, consistente, a equipa a anular o momento ofensivo com bola do adversário em organização, a tapar caminhos interiores que o adversário gosta de explorar no primeiro momento. Tivemos três, quatro, cinco ocasiões na primeira parte e podíamos estar claramente a ganhar ao intervalo. É verdade que o Casa Pia teve uma transição com um ou outro posicionamento menos conseguido da nossa parte. Na segunda parte continuámos muito intencionais, controlámos com bola, tivemos uma atitude pressionante forte, a recuperar várias bolas numa zona alta, a poder fazer golo a partir daí, o que revela muito do que os jogadores respeitaram da nossa organização defensiva. Com bola tivemos o jogo controlado, podíamos ter feito um ou outro golo. A vitória é inequívoca, justa, baliza a zero, sem sofrer golos. Os jogadores estão de parabéns.”
Jogadores não se deixaram abalar pelo ruído exterior: “Fico muito satisfeito, é o que mais me deixa feliz. Saber que eles acreditam na ideia que está a ser passada, no que estamos a construir. Independentemente do que vem de fora e das manifestações, os jogadores não se desviam daquilo que tem sido trabalhado. Aqui se alguém estiver insatisfeito, neste caso o presidente, esse sim tem de me dizer, eu nunca serei um problema, se tiver que dizer diz-me a mim e eu vou à minha vida sem problema. Enquanto eu estiver assim, vai ser da forma como nós queremos, como trabalhamos, insistindo nas nossas ideias, no que estamos a construir. Não vai ser sempre perfeito, porque é uma ideia nova, envolve alguns momentos de risco, mas a equipa nunca se escondeu. Isso deixa-me mesmo muito feliz. Muito feliz por eles, porque têm levado ao limite as convicções de como trabalhamos diariamente e isso é o nosso maior pilar para o sucesso.”
O que vai mudar nesta semana de trabalho? “Não vai mudar nada, vamos continuar a fazer aquilo que fazemos sempre, que é trabalhar, olhar já para o jogo do Famalicão, um adversário difícil, que cria sempre dificuldades a jogar em sua casa. Este jogo está fechado, foram três pontos, não simboliza mais do que isso. Olhar para o próximo jogo.”
Momento do FC Porto não é tão mau como parecia? “As pessoas pintam o quadro como querem. Estamos conscientes do que temos de fazer, olhando muito para nós, para dentro, percebendo qual é o caminho a percorrer, sabendo que nunca vamos ser sempre perfeitos. Andamos a procurar andar perto da perfeição. Num momento que era difícil, o que me deixa feliz é saber que os jogadores nunca se desviaram daquilo que foi traçado para o jogo, o plano que traçámos, daquela que é a nossa ideia, o nosso modelo, o que queremos incutir e injetor no nosso jogo. Mesmo em condições adversas em determinado momento, pelo que é manifestado a partir de fora.”
Festejar no pouco que resta do dia? “Não, agora é descansar, e começar a partir de amanhã a pensar no Famalicão.”
O que disse Vítor Bruno na sala de imprensa:
Análise ao jogo: "Foi um jogo sem qualquer dúvida quanto ao vencedor. A equipa entrou bem, tem três ou quatro momentos em que pode fazer golo, teve uma atitude forte e pressionante. Com bola a conseguir perceber os caminhos perante uma equipa bem organizada e estacionada atrás. Na segunda parte, a equipa manteve-se fiel ao que tinha sido traçado, teve muito caráter. A equipa não alterou em nada o que tinha sido a primeira parte. Depois do 2-0 não estacioámos, continuámos à procura do terceiro golo, vitória inequóvia e clara de uma equipa que voltou a não sofrer golos. É esta consistência que procuramos."
Se o "verdadeiro" Fábio Vieira joga mais no meio ou na ala: "Tem de perguntar ao Fábio se foi um clone dele que andou aqui. Ele tem um traço de genialidade que todos conhecem. Tem de ganhar outros requisitos pelo tempo de inatividade, devido à lesão que teve. Isto só se ganha com treino, com jogo. talvez tenha sido um recado do Fábio para jogar pode dentro, mas vai jogar onde servir melhor os interesses da equipa. Há momentos em que vaio jogar por dentro, outros por fora. É verdade que o Fábio, como toda a equipa, teve muito caráter, não se desviou um milímetro e é isso que mais me orgulho neles. Deixa-me feliz que os jogadores se entreguem assim ao trabalho."