Primeiro golo no dérbi começou em Marchesín. Foram 33 segundos de circulação antes do remate
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O FC Porto precisou de 53 minutos para furar pela primeira vez a muralha do Boavista, mas fê-lo em grande estilo. O lance passou despercebido em direto e nas repetições - que se concentraram na parte final da jogada - mas a verdade é que o desenho é digno de registo. Foi de baliza a baliza, visto que Marchesín foi o responsável por iniciar tudo numa reposição que 33 segundos e 12 passes depois, feitos entre sete jogadores sem que qualquer axadrezado tenha tocado na bola até ao remate de Marega, terminou no fundo das redes. Um hino ao futebol coletivo e à qualidade da circulação da equipa portista.
Alex Telles, Sérgio Oliveira e Soares foram os únicos portistas em campo que não tocaram na bola no lance do 1-0
Marchesín tocou curto para Mbemba e este deu em Manafá, que foi quem mais vezes teve a bola neste lance. O lateral direito devolveu ao congolês e este tocou curto para Pepe, que entregou sobre a esquerda a Corona. Foi o único momento em que a bola esteve nesse flanco. Daí, o mexicano fez um passe bem longo para o lado contrário do ataque, para uma receção de Manafá que vai ter com Otávio. Este devolve ao ex-Portimonense que, de calcanhar, volta a combinar com o brasileiro.
A partir daqui, a bola segue para a zona central com Uribe a receber e a tocar curto para Corona. O mexicano vê o movimento de Marega nas costas do central e coloca-lhe a bola à frente, pronta para o disparo que não deu hipóteses a Helton Leite.
Nesta quinta-feira, os dragões partilharam o lance nas redes sociais. Ora veja.
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