Nuno Lobo lembra saídas de Rúben Neves, Paciência, entre outros: "Não bato palmas a isto"
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Nuno Lobo, candidato à presidência do FC Porto, esteve à conversa com página "Espaço Portista", na noite de terça-feira.
O candidato da lista B abordou vários temas que considera importantes e explicou as razões para se apresentar a votos.
"Como portista não passei os tempos dramáticos de estarmos 19 anos sem ganhar o campeonato. Lembro-me mais ou menos pelos relatos que tive. O que não quero é estar a pensar que poderei passar pelo mesmo que os meus pais e avós passaram", afirmou Lobo.
"Uma das razões da minha candidatura é não aceitar o estado em que o clube se encontra, no plano desportivo e financeiro, a passividade da direção. Esta candidatura é a favor de um clube, o FC Porto. É a união do FC Porto. Além do facto de em seis anos vencermos um campeonato... Há a situação de vermos nestes últimos anos a perda de poder do FC Porto nos órgãos de decisão", continuou, antes de falar da saída de jogadores importantes a custo zero ou por números que não acompanham o seu valor.
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"Não entendo como uma estrutura deixa sair um jogador como o Herrera, um jogador da seleção nacional do México. Não entendo como é que o Brahimi saiu. Não entendo como o Marcano sai e passado um ano volta, com 31 anos, com contrato por mais do que um ano, por quatro milhões de euros. Não entendo como é que o Diogo Queirós foi para um clube belga. O Rúben Neves foi vendido pelo preço a que foi vendido. As vendas de Diogo Dalot, Ricardo Pereira... o Gonçalo Paciência para o Eintracht Frankfurt? Ainda pior", atirou.
"E onde está a nossa formação? Segundo consta, o Tomás Esteves não assinou ainda, o Alex Telles idem aspas. Depois.... As pessoas dizem «ele saiu porque estava contrariado, e não sei quê...». Mas que resposta é esta? Se eu tenho dois jogadores que querem ganhar mais, imaginemos o Herrera e o Brahimi. Vemos sair esses jogadores e pensamos que temos de ir buscar jogadores equivalentes, que vão custar dinheiro. Então não investimos esse dinheiro no Herrera e no Brahimi? Saem a custo zero? Eu bato palmas a isto? A esta má gestão? Não bato palmas a isto, é inadmissível", concluiu.