Ricardo Horta completou 250 jogos na Liga, 216 deles pelos guerreiros. Impacto do registo analisado por velho companheiro no Sado, Pedro Santos, também figura dos arsenalistas
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Ricardo Horta completou 250 jogos na Liga contra o Estoril. Sete épocas no Braga deram relevo à estrela num constante desfile de argumentos, que teve o primeiro ato há dez anos. No início de abril de 2013, deixava os juniores do Vitória para se estrear na I Divisão, com 18 anos, pelo conjunto sadino, convivendo com jogadores como Zé Pedro, enorme figura do Belenenses, ou Pedro Santos, o único campeão português na MLS, agora atuando no DC United.
Extremo do DC United, já campeão na MLS ao serviço do Columbus Crew, analisa a viagem do capitão do Braga desde que foi seu colega em Setúbal e seu sucessor no emblema arsenalista.
Vencedor da Taça de Portugal pelos minhotos ainda em 2015/16, época anterior à chegada de Horta, Pedro Santos desfaz-se em elogios a um jogador que nasceu para escrever história. "É uma carreira que não surpreende de todo! Desde que o conheço, vejo aptidão única dele para fazer golos, vive o futebol intensamente, gosta de treinar e jogar como poucos. Essa vontade já era evidente nos seus 18 anos. Veio como melhor marcador dos juniores e mostrou logo na primeira equipa do Vitória o que valia. A única surpresa é não ter dado um salto para um grande da Europa, mas tem feito o Braga crescer como grande", elogia.
"Ele tem a vantagem de não falhar um jogo por lesão e, se faz cinco ou seis seguidos, o rendimento não se ressente"
"Ele tem a vantagem de praticamente não falhar um jogo por lesão e, mesmo fazendo cinco ou seis seguidos, o seu rendimento nunca se ressente. Há poucos assim e o presidente do Braga sabe que tem em Horta uma peça fundamental", acrescenta Pedro Santos, pedindo licença para uma pequena provocação. "É muito difícil essa regularidade, mas ele é fininho e não tem onde se aleijar. Brincadeira à parte, a marca dele é a vontade. Assim soma a experiência e a preponderância. Não vou exagerar dizendo que nunca vi um jogador com tanto gosto de treinar".
"Jogaram grandes nomes no Braga, mas pelos recordes, pode-se considerar o Ricardo como o melhor da história"
O gosto pela competição e pelo jogo são requisitos destacados pelo extremo do DC United. "A grande evolução está na forma como lê o jogo e observa os seus momentos, sabe quando atacar e descansar. Faz facilmente a diferença a impor o ritmo ou criar as jogadas de perigo, para ele ou para outros", regista, sem qualquer problema em enunciar quem manda em Braga com créditos avassaladores.
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"Pelo Braga passaram grandes jogadores, grandes nomes do futebol português, eu joguei com Alan, Vandinho ou Custódio. Mas é certo que, pelos recordes que tem conseguido, o Ricardo pode ser considerado o melhor jogador da história do Braga", admite o extremo revelado pelo Casa Pia, a torcer pelos feitos dos guerreiros: "É uma das melhores épocas, o coletivo tem muitas soluções, há jogadores que partem do banco e mudam a velocidade do jogo, há outros que o controlam. Espero que consigam o segundo lugar e vençam a Taça. Seria uma excelente época", conclui.
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