Defesa falou sobre o lance contra o Moreirense que terminou na fratura da grelha costal com pneumotórax associado
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Duas semanas após ter sofrido uma grave lesão no embate com o Moreirense, uma fratura da grelha costal com pneumotórax associado que o obrigou a internamento no hospital de Santa Maria, em Lisboa, Luís Neto falou à Sporting TV sobre o momento crítico, detalhando o lance ao pormenor e os minutos de pânico que viveu até lhe colocarem o dreno para o estabilizar. Confira as frases fortes do central:
"O" lance: "Quem me conhece sabe que nunca tive muitas lesões, apenas traumáticas. Mais graves, tive esta e uma vez, no Zenit, em que após um lance num treino levei sete pontos... Quem me vir no chão, percebe que aconteceu alguma coisa; neste caso, foi uma situação de jogo normal, onde tentei bloquear um remate, sem a noção que podia ter a proteção do braço porque nem vi o Max sair - que, aliás, fez muito bem! Ele ficou nervoso a achar que a culpa foi dele."
"Fiquei com falta de ar, a pancada foi forte, senti os olhos a revirar e uma dor extrema. Felizmente que agiram rápido. Pareceu uma eternidade, mas em 35 minutos já estava estável, já respirava melhor. Quero agradecer ao Sporting, mas também ao hospital de Santa Maria pelo atendimento que tive."
Ristovski, o primeiro a chegar: "Sabia que não conseguia continuar, porque sentia um enorme bloqueio a respirar. Puxei a camisola para cima e o colete de GPS estava a fazer-me confusão. Assustei-me porque nunca tinha passado por nada idêntico. Já levei muitas porradas... Espero que não se repita."
O almoço com Max: "Tive alta na segunda noite e na terça-feira almocei em casa do Max. Disse-me que no final do jogo ainda pensava que tinha sido o avançado do Moreirense [Luther], que saiu de campo com essa ideia. São situações de jogo e agora o importante é recuperar sem pressa."
A mensagem coletiva e do capitão: "Quero agradecer todo o carinho que demonstraram. Até quarta-feira estive com analgésicos que me davam muito sono e só consegui responder à mensagem com a camisola do treino a partir de quinta-feira. O gesto do Bruno Fernandes foi algo que não estava à espera. Na televisão nem deu para ver, tive de puxar para trás e até disse: 'acho que é a minha camisola!'. Foram gestos fortes e que me fazem sentir que tudo vale a pena."
O regresso: "Quero, em janeiro, começar a jogar, mas não há um tempo certo. É uma lesão traumática nas costelas, mas não uma lesão traumática normal. E ainda tive a lesão no pulmão [pneumotórax]."