Na estreia a titular, o avançado fez o primeiro golo pelos minhotos. Não marcava há 13 meses e na I Liga há 13 anos, desde que jogou no Paços, onde Caetano foi seu companheiro
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Nélson Oliveira foi contratado no mercado de inverno e, depois de seis jogos como suplente utilizado, agarrou a oportunidade ao ser titular pela primeira vez, beneficiando da saída de André Silva para o São Paulo. Na estreia no onze, no Estoril, o ponta-de-lança fez o terceiro golo do triunfo do Vitória por 3-1, voltando a marcar mais de 13 meses depois. Desde 26 de janeiro do ano passado que não fazia um golo, na altura num empate do PAOK diante do Panathinaikos, na Grécia.
Autor do terceiro golo no triunfo do Vitória, por 3-1, no Estoril, o internacional português agarrou a primeira grande oportunidade para mostrar que é uma boa alternativa a André Silva.
Para a I Liga, onde soma agora 51 jogos, Nélson Oliveira não festejava um golo desde 6 de fevereiro de 2011, quando, pelo Paços de Ferreira, foi decisivo no triunfo por 1-0 em Portimão. “Está habituado a grandes palcos, jogou no Benfica, foi internacional A, tem muita experiência e, por isso, não cede à pressão. Não é jogador de acusar a pressão”, testemunha Caetano, ex-companheiro de equipa de Nélson Oliveira no Paços de Ferreira, com quem esteve no Campeonato do Mundo de sub-20, em 2011. “Estivemos juntos na Colômbia, ainda miúdos, com 18 e 19 anos. E já aí, com estádios cheios, ele conseguiu fazer a diferença”, conta o antigo extremo, que fez a assistência para um dos cinco golos apontados pelo atacante na I Liga.
“Nélson tem uma mentalidade forte e é um jogador de trabalho”
Caetano avalia o ponta-de-lança que representou nove clubes no estrangeiro como “um jogador de trabalho, com uma mentalidade forte”, acreditando, por isso, que “vai agarrar esta oportunidade, como, aliás, já aconteceu neste jogo”.
O ex-futebolista refere que Nélson Oliveira era, na altura, “uma grande promessa do futebol português”. “Fez uma boa carreira e era, sem dúvida, um jogador de referência da nossa geração.” E, embora seja “um ponta-de-lança de raiz, não era daqueles fixos que gosta de finalizar através de cruzamentos”, acrescenta Caetano. “Era um avançado de espaços, que procurava muito a profundidade e muitas bolas em diagonais entre centrais. Tentava muitas vezes o remate de fora da área, era muito rápido, muito forte e finalizava muito bem”, aponta.