Declarações de Manu Silva, médio do Vitória de Guimarães, após o jogo com o Astana, a contar para a quarta jornada da Liga Conferência.
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Se fica um sabor amargo após o empate: "Claramente. Não só pela questão de oportunidades de golo, mas também pelo caudal ofensivo. É óbvio que não íamos conseguir matar as transições todas do Astana. Permitimos uma ou outra, mas acho que sempre sem grande perigo. É óbvio que chegando ao fim, o golo é um mal menor. É um grande golo do Chucho. Mas sim, mas fica um sentimento amargo, porque para além de sermos ambiciosos e querermos sempre ganhar, a exibição diz-nos que foi pouco.
Se sente que a equipa ficou ansiosa: "Eu diria que ficávamos mais ansiosos se não conseguíssemos continuar a produzir oportunidades como produzimos. Acho que a equipa... É óbvio que fica uma frustraçãozinha sempre porque a bola não entra, mas fomos conseguindo sempre manter oportunidades de golo e manter a nossa baliza sem grande perigo. É óbvio que, se calhar, em outras fases não precisávamos de tantas oportunidades para fazer golo. O trabalho é que vai nos ajudar a melhorar e com certeza na segunda-feira vamos estar um bocadinho melhores".
Se temperatura e fuso horário teve impacto: "Depois de termos tantas oportunidades, às vezes até um bocadinho... Estar a falar do frio com tantas oportunidades de golo, com tantas oportunidades para trazer a vitória, é um bocadinho... Não podemos dar essa desculpa do frio. Eu falo por mim, se calhar, um bocadinho. Prefiro jogar com mais frio do que com muito calor. O fuso horário é um bocadinho diferente. Toda a gente tentou trabalhar em prol dos jogadores para que não sentíssemos tanto. Acaba-se sempre sentir um bocadinho, mas não foi nada que nos não permitisse estar a um grande nível".
Se play-off garantido deixa equipa mais descansada: "Nós descansados nunca estamos. Uma palavra que nós sempre utilizamos muito é a nossa ambição. Quisemos sempre entrar nos jogos para ganhar, temos conseguido, este foi o nosso primeiro jogo que não conseguimos. A nossa ambição agora é ganhar ao Gil, e depois ao Benfica".
Se faltou uma pontinha de sorte: "Sim, às vezes é mais fácil atribuir à sorte. Há sempre coisas a melhorar. Sim, fui um bocadinho infeliz, tive duas, três oportunidades de golo, mas em tantas temos todos que trabalhar mais nisso, ficar nisso, e vamos com certeza ser mais fortes".
Jogo com o Gil Vicente: "O nosso transfer é feito porque nós. Querendo ou não, sabemos que no campeonato não estamos na melhor fase. Somos ambiciosos, queremos já dar resposta na segunda-feira. Se estivermos a pensar nisso, estivermos a pensar nas questões do horário, na questão da recuperação, vamos estar sempre a querer arranjar desculpas para possíveis deslizes, não é isso que queremos fazer. Queremos focar em trabalhar o máximo possível, recuperar bem, descansar bem, para a segunda-feira estamos preparados para fazer mais um bom jogo e ganhar os três pontos".
Se a viagem longa dificulta a recuperação: "Não fugimos disso, dificulta sempre. Mas é uma viagem longa, nós também estamos atentos às coisas, sabemos que foi um recorde de quilómetros feitos. Afeta, sim, não podemos olhar para isso como uma desculpa, temos de arregaçar as mangas, temos deolhar para isso como uma aprendizagem, estamos todos a aprender. Falo por mim, não estava habituado a esta quantidade de jogos, é isto que nós queremos, valorizarmos a nós, ao clube, a Portugal. Não é desculpa, mas sabemos que é difícil tentar não pensar muito nisso, para que na parte psicológica estarmos sempre o mais motivados possível".