"Não há o que esconder, nesta altura qualquer jogo é muito importante para nós"

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Jogo com o Tondela: "Não há o que esconder, nesta altura qualquer jogo é muito importante para nós, tendo em conta o momento que atravessámos e a posição na tabela classificativa que ocupámos. Podemos acrescentar ainda um pouco mais de importância exatamente por nesta altura de forma alguma podemos permitir que as distâncias aumentem. Vai ser um jogo difícil. Mas não posso deixar de sublinhar o trabalho que os jogadores têm feito, primeiro, e depois a motivação com que estamos para dar a volta à situação e regressar pelo menos à conquista de pontos".

Jogo de ganhar ou ganhar: "Eu não vou ser dramático ao nível do ganhar ou ganhar, eu e os jogadores nunca iremos ficar satisfeitos se não ganharmos, é muito importante para nós, mas não vamos fazer deste jogo o tudo ou nada porque não é. Mas não vamos cariar deste jogo o jogo do tudo ou nada, porque não é. Sabemos da importância do jogo, do momento, mas como disse, a confiança na forma como os jogadores estão a trabalhar, a atitude no trabalho, a atitude competitiva, a sensação que estamos a evoluir, a melhorar o nosso jogo. Abordarmos o jogo desta forma o jogo sem pensar e se não ganharmos porque se calhar vai complicar a nossa concentração no jogo. Com a determinação e o foco no jogo e nas tarefas, vamos abordar assim"

Ilações do jogo com o Santa Clara te de conta a forma como fugiram os três pontos: "Fomos prejudicados. Nunca falei nos árbitros, nem antes, nem durante, nem depois dos jogos. Falei após o jogo e falo agora. Foi uma má arbitragem, um penálti ridículo que nos tirou a possibilidade de lutar por um resultado melhor. Não vou a dizer que se não fosse o penálti aconteceria isto ou aquilo, não é isso, mas se calhar esse lance complicou-nos muito a vida, porque foi o primeiro golo. Entramos bem no jogo - aliás, em todos os jogos que fizemos, três para o campeonato e um para a Taça de Portugal, entrámos sempre melhor que o adversário. É um período queremos alargar porque ainda é muito reduzido, ainda é muito curto, e depois permitimos ao adversário começar a crescer a ter uma oportunidade de golo, e em termos emocionais ainda não estamos tão fortes como eu desejaria. Aconteceu depois o problema gerado pelo vento e pela chuva, sofremos um bocadinho, mas não foi só por isso, foi por problemas que já tínhamos identificado até no passado, ao nível da agressividade e da intensidade defensiva, principalmente nos corredores. E o Santa Clara obrigou-nos a recuar um bocadinho mais do que pretendíamos e a sentirmos dificuldades. Na segunda parte estivemos melhor, defensivamente houver uma boa evolução, mas ofensivamente temos que crescer mais. E não tem a ver com os avançados. Tal como defensivamente os nossos avançados têm ajudado e contribuído para uma maior coesão defensiva, ofensivamente a partir de trás temos de ser mais competentes, de criar mais desequilíbrios no adversário, de rematar mais, de cruzar mais e de tentar finalizar mais e marcar mais golos, porque sem os golos não vamos conseguir ganhar seguramente".

Tondela defrontou o Benfica a meio da semana na Taça da Liga: "Equipas profissionais fazerem um jogo domingo outro quarta e outro domingo, três jogos numa semana, não me parece, sinceramente, que seja muito impactante. Até porque o Tondela mudou praticamente toda a equipa, alterou dez jogadores em relação ao último jogo para a Liga. Por aí não me parece impactante. Vêm dois resultados negativos, nós também, um para a liga, são duas equipas que atravessaram um momento difícil. Penso que quem gerir melhor o fator emocional nos momentos negativos e positivos durante o jogo pode estar em vantagem. Penso que isso será fundamental".

Que Tondela esperar: "Conheço o treinador, a forma dele pensar, de jogar e a forma como aborda o jogo, portanto, não acredito minimamente que venha a pensar em dois resultados. Aliás, o Tondela, e só estou a falar da forma de jogar e do seu treinador, é uma equipa com comportamentos muito virados para a baliza adversária. Se tem sucesso ou insucesso já é outra questão. Mas percebe-se claramente que é um jogar direcionado para a baliza do adversário e no sentido de marcar golos e de criar problemas à equipa adversária, quer com a bola quer sem a bola. Vamos encontrar uma equipa que seguramente vai tentar pressionar alto, como fez no último jogo da Liga, contra o Sporting, que em vários momentos do jogo tentou pressionar o Sporting em zonas muito subidas. Com a bola, coloca muitos jogadores à frente da linha da bola, ou seja, há um posicionamento que nos vai criar desafios, jogadores a tentar atacar à profundidade, muitos perto da linha defensiva, médios interiores perto da linha defensiva, largura máxima com os seus extremos, os laterais também prontos a projetarem-se, criar superioridade numérica nos corredores, portanto, é uma equipa que nos vai criar desafios e que olha para a baliza do adversário sem qualquer tipo de complexo e de problema".