Mesmo em isolamento, objetivo do Farense mantém-se e todos os pormenores contam
Teletrabalho e videoconferências suportam o dia a dia dos profissionais, com Sérgio Vieira atento a tudo, inclusive horas de acordar e deitar
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O Farense tomou as devidas precauções para combater este surto pandémico, que assusta e preocupa todo o mundo, procurando, ao mesmo tempo, ser fiel às coordenadas que traçou no início da temporada, que, como se sabe, apontam à subida à I Liga. Neste momento, e para combater a crise, toda a estrutura é supervisionada em teletrabalho, por videoconferência, diariamente, enfatizando os projetos e objetivos propostos, que são devidamente escalpelizados.
A um passo de obter a certificação de entidade formadora, é no futebol profissional, naturalmente, que se concentram as maiores atenções, com o treinador Sérgio Vieira, em conjunto com a sua equipa técnica, a monitorizar o trabalho de cada atleta, em casa, nomeadamente o treino individual, nutrição, horas de acordar e horas de deitar, sem esquecer o contacto quase diário, inclusive para amenizar alguma ansiedade ou preocupação. Todo este trabalho é também acompanhado de perto por Manuel Balela, o diretor desportivo.
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O Farense está, pois, preparado para todos os cenários, mas com uma certeza: o objetivo mantém-se e o sonho está na reta da meta. Para trás, recentemente, ficou todo um trabalho de reorganização, profissionalizado, com o contributo do acionista maioritário da SAD e presidente, João Rodrigues, e do CEO da SAD, André Geraldes, homem forte do projeto e responsável pela reestruturação. A sintonia entre os dois é total e foi nesse contexto que apostaram em Sérgio Vieira e na construção de uma equipa competitiva.
Clube histórico do futebol português, o Farense está em zona de subida, depois de ter sido líder no fim da primeira volta. Há uma luz ao fundo do túnel, que aponta à I Liga, mas é com os pés bem assentes na terra que os algarvios querem voltar a um patamar que já ocuparam por direito próprio.
Cássio "mais forte do que nunca"
O central e capitão Cássio continua a trabalhar com o fisioterapeuta do clube, recuperando da grave lesão ocorrida no início do ano, altura em que, nos minutos finais do jogo com o Benfica B, sofreu uma rotura de ligamentos no joelho esquerdo e abandonou o estádio farense de ambulância, a chorar pelo infortúnio. Passadas as horas mais difíceis, sobretudo as do primeiro mês de paragem, ganhou novo ânimo e até já promete que vai "voltar mais forte do que nunca". O outro jogador que também esteve entregue ao corpo clínico, Jorge Fellipe, teve alta e prossegue o trabalho específico na sua casa, sem ter de se deslocar ao S. Luís.