Caso eliminem o Liverpool, as águias ganham mais 12,5 M€, atingindo receita redonda em 19 anos seguidos na Europa.
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À procura de fazer história na versão Champions da prova rainha da UEFA, o Benfica tenta, diante do Liverpool, manter a inspiração europeia e chegar às meias-finais, o que lhe pode valer um encaixe de mais 12,5 milhões de euros.
Naquela que é já a sua temporada de maior receita nas competições europeias, as águias já encaixaram - fruto dos cada vez mais elevados prémios atribuídos pela UEFA - 65,33 M€, ainda sem o valor do market pool, e podem chegar aos 77,83 M€ caso eliminem os reds nos quartos de final da Liga dos Campeões.
Se tal suceder, o bolo europeu, agora nos 387,086 milhões de euros, pode aumentar até aos 400 M€ (399,586) desde 2003/04, época na qual os encarnados regressaram às provas europeias após dois anos de interregno devido a maus desempenhos no campeonato.
De momento, foi já superado o recorde de 54,467 milhões de 2018/19 (50,347 na Champions e 3,773 na Liga Europa), verba que é a terceira maior receita portuguesa nas provas da UEFA, atrás dos (segundo os relatórios financeiros do organismo que gere o futebol europeu) 80,616 M€ do FC Porto em 2018/19 e dos 73,747 M€, também dos portistas, na última temporada, valor que pode ser superado em caso de presença benfiquista nas meias-finais. De forma a estabelecerem um novo máximo luso de receitas, os encarnados precisam de chegar à final, cuja disputa vale mais um jackpot de 15,5 milhões - e a vitória rende mais 4,5.
Veríssimo pode fazer história na Champions
Para reforçar os ganhos, o Benfica precisa de fazer algo inédito desde que a prova assumiu este formato e a designação de Liga dos Campeões. A partir de 1992/93, o clube da Luz apenas atingiu os quartos de final por quatro ocasiões e nunca foi capaz de garantir o apuramento para as "meias". Aliás, Nélson Veríssimo procura hoje garantir um bom resultado aspirando a um duplo registo: além da desejada qualificação, que terá de ser confirmada para a semana, pode também alcançar a primeira vitória do clube nesta fase da competição, seja em casa ou fora, porque nos oitos jogos disputados - frente a Milan, Barcelona, Chelsea e Bayern - os encarnados somaram cinco desaires e três empates.
Depois da deixar o Ajax pelo caminho, Veríssimo almeja agora eliminar mais um antigo campeão europeu e pode, se o conseguir, igualar Toni como o único técnico português a guiar o Benfica a uma meia-final da competição - chegou à final, em 1987/88, perdida para o PSV. Porém, pela frente está um temível Liverpool, que em cinco eliminatórias deixou por quatro ocasiões os benfiquistas pelo caminho - que só sorriram em 2005/06.
Olhando apenas às eliminatórias nos "quartos" que começaram, como este ano, na Luz, o Benfica soma neste formato um empate a zeros com o Barça, em 2005/06, e uma derrota com os ingleses do Chelsea (0-1) em 2011/12. Analisando o desempenho completo em situação idêntica, as águias registaram ainda cinco vitórias (Aarhus em 1960/61, FK Dukla em 1962/63, Real Madrid em 1964/65, Anderlecht em 1987/88, e Dnipro em 1989/90), um empate (Bayern 0-0 em 1975/76) e uma derrota, com o... Liverpool, em 1977/78, por 2-1.
Quanto ao total de partidas dos quartos de final da Taça/Liga dos Campeões disputadas no Estádio da Luz, seja na primeira ou segunda mão, o Benfica tem oito vitórias (metade nas primeiras quatro presenças nesta fase da competição), quatro empates e cinco derrotas.