Matheus Pereira abre o livro: "Não dava para ficar encostado no Sporting mais um ano"

Matheus Pereira concedeu uma longa entrevista ao portal Goal onde abordou abertamente a saída do Sporting rumo ao Nuremberga e o que ainda falta para se afirmar no mundo do futebol.

"O que falta [para me afirmar] é um treinador que me dê confiança, que me diga o seguinte: 'Entra lá e faz o que sabes'. Falta liberdade. No Chaves, por exemplo, tive essa liberdade. O Luís Castro, que é muito bom treinador, deu-me total liberdade e disse-me exatamente isso: 'Joga e faz o que sabes. Resolve'. Falta ser visto mais como aposta, falta receber mais confiança e liberdade. Mas estou tranquilo, no momento certo ainda vou estourar como todos esperam", afirmou o brasileiro.

Terminado o empréstimo aos flavienses, Matheus Pereira rapidamente percebeu que não ia ser opção para José Peseiro e tomou a decisão de sair em busca de minutos. "Senti que não teria espaço no Sporting, então pedi para sair. Ser visto como promessa e depois não ser aproveitado acaba por impulsionar a busca por um novo clube, a busca por jogar. Não dava para ficar encostado no Sporting mais um ano", explicou.

Porém, o brasileiro não acredita que os poucos minutos somados em Alvalade se devam a uma falta de confiança do Sporting nas suas capacidades. "Não, acho que não é isso [falta de confiança do Sporting]. Acho que o Sporting tem muita confiança em mim. Eles, por exemplo, não queriam a minha saída agora, eu é que insisti muito para sair", contou.

Também a polémica com José Peseiro foi abordada por Matheus Pereira, que considerou que a culpa da desavença foi dos dois. "Acredito que as duas partes [ele próprio e José Peseiro] poderiam ter feito algo diferente. Talvez eu não tenha entrado com o maior empenho em determinada partida... enfim, a culpa não é de apenas um. Há muita coisa que precisa de ser melhorada", rematou.