Martins Soares pede lista única e desconfia da candidatura de José Fernando Rio
O empresário anunciou que no atual panorama de diversas candidaturas concorrentes às eleições do FC Porto não avançará.
Corpo do artigo
"Caso o panorama não se modifique, não serei candidato e aguardo para ver. Vamos, mais uma vez, ter que ter paciência e aguentar Pinto da Costa na presidência. Lanço daqui ao presidente um apelo para sair em grande", disse Martins Soares esta quarta-feira, colocando um travão na intenção, avançada na segunda-feira, de concorrer às eleições do FC Porto, marcadas para 18 de abril.
"O panorama que se perfila, com o número de candidaturas que se perfilam, José Fernando Rio, Nuno Lobo, João Khoeler, que estaria pronto, Antero Henrique, que se movimentou, e outros que poderão aparecer no futuro...", disse o empresário à RTP, antes de explicar a decisão de não avançar para já e anunciar o que teria de mudar para concorrer.
"Todas estas candidaturas se unificarem para que não haja uma partilha de votos que vai fazer com que Pinto da Costa saia vitorioso. As minhas candidaturas em 1988 e 1991 serviram para mudar a estrutura do FC Porto. Estiveram comigo alguns elementos como Adelino Caldeira e Lourenço Pinto. Perdi, mas avancei uma segunda vez sozinho e tive mais de 20 por cento. Remeti-me ao silêncio depois disso. Agora, começo a ter medo da candidatura de Fernando Rio porque não sei se nasce pressionada ou manobrada por Adelino Caldeira. Nunca o ouvi falar das contas nem nada e de um momento para outro é candidato", afirmou.
"Não avanço de outra maneira. Toda a gente terá lugar, desde que seja sócio. Não posso estar a fazer uma divisão interna de votos porque aí estamos a remar contra uma corrente. Estou disponível para que falem comigo e para pensar numa estrutura dessas", acrescentou Martins Soares.
"Não posso é contribuir para dividir a massa associativa. Não sei se ganho, mas digo que a estrutura vai mudar. É necessário retirar Adelino Caldeira desta estrutura que está ligado à SAD, ao clube e também ao Porto Canal, onde controla toda a estrutura. Temos os números reais, sei quanto deve o FC Porto e a quem. O seu passivo e o ativo... Não confundo, como Fernando Rio, alguns números. É preciso saber como está o plantel, avaliado em 70 e tal milhões de euros. Sabemos se o Danilo está hipotecado a um banco? Eu penso que sei. Sabemos se o Tomás Esteves será vendido rapidamente para equilibrar as contas?", concluiu.