Mario González é o único ponta-de-lança disponível nesta altura e vai ter com o Famalicão, no domingo, mais uma oportunidade para se impor no ataque bracarense. O espanhol não marca há mais de dois meses
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De um momento para o outro, o ataque do Braga encolheu. Vitinha, autor de três golos no último jogo, em Arouca, testou positivo à covid-19 e juntou-se a Abel Ruiz, em isolamento desde o início da semana, deixando, assim, Carlos Carvalhal com Mario González como única opção para a posição 9 para o duelo com o Famalicão, no domingo.
O ex-Tondela não é titular há três semanas e não marca há mais de dois meses, mas isso não é visto como um problema para Luís Agostinho, ex-diretor desportivo do clube beirão e conhecedor das potencialidades do ponta-de-lança espanhol.
"O Mario González não é só um jogador para transições ofensivas. Ele ataca bem as costas dos defesas, faz diagonais curtas e precisa de continuidade, tempo e confiança para se impor", defende.
Mario González soma apenas três golos esta época, um registo muito distante do conseguido no Tondela, onde marcou por 15 vezes, se bem que tenha concluído a primeira volta do campeonato com apenas cinco remates certeiros.
"Dentro do modelo de jogo do Braga, o Mario já desperdiçou algumas ocasiões de golo, o que quer dizer que está integrado nesse modelo, porque surgiu no sítio certo. O que ele não conseguiu foi finalizar as ocasiões, e isso tem a ver com confiança", analisa Luís Agostinho, convencido de que o ponta-de-lança tem "margem para crescer" e para alcançar mais golos.
"Ele ainda pode dar muito ao Braga. No Tondela as jogadas eram sistematizadas, os cruzamentos saíam para as mesmas zonas e ele já sabia o que tinha de fazer. Além disso, o Mario González jogava sempre no Tondela, algo que não acontece no Braga. É uma nova realidade, há mais competitividade e, quem não marca, sai da equipa."
Em 23 partidas com a camisola bracarense, González foi titular em sete e ainda não cumpriu um jogo completo. Se no início da época, o ponta-de-lança lutou com Abel Ruiz pela titularidade, a partir de novembro a dupla espanhola foi ultrapassada por Vitinha, que contabiliza dez golos pelos minhotos.
Zona ofensiva em reconstrução
Além das indisponibilidades de Vitinha e Abel Ruiz, ambos infetados com covid-19, Galeno é a outra baixa importante na zona ofensiva. A boa notícia para Carlos Carvalhal é o regresso de Ricardo Horta após ter testado positivo, se bem que seja necessário perceber se a condição física do capitão permanece a mesma. Atendendo a que Chiquinho e Piazon são cartas fora do baralho, estando ambos à espera de colocação, Roger e Miguel Falé poderão ter mais uma oportunidade para somar minutos com a camisola bracarense.