O guarda-redes argentino chegou à Invica e assina até 2023. À tarde, treina no Olival, já à ordens de Sérgio Conceição
Corpo do artigo
Foram necessárias mais de 20 horas de viagem, mas Agustín Marchesín já se encontra em Portugal para assinar pelo FC Porto. O argentino chegou ao nosso país por Lisboa, depois de uma escala mais longa do que o esperado em Paris (o voo atrasou quase uma hora em relação às previsões iniciais), e realizou de carro o percurso entre a capital portuguesa e a Invicta, onde chegou já de madrugada.
Esta manhã, realizará os exames médicos na clínica do Dragão e assinará um contrato válido por quatro temporadas com os portistas. A oficialização da transferência, assumida pelo América durante o dia de quarta-feira, ocorrerá ao final da manhã ou início da tarde, permitindo a "Marche" apresentar-se no centro de treinos do Olival para conhecer os novos companheiros e, às 17 horas, trabalhar pela primeira vez às ordens de Sérgio Conceição.
A chegada de Marchesín ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, fez-se de poucas palavras. O guarda-redes tinha duas pessoas à espera e partiu, sem quase demoras, rumo à unidade hoteleira que tinha reservada na Invicta. "Estou muito feliz por estar aqui. É uma oportunidade muito linda para a minha carreira. Amanhã [hoje], falamos com mais calma", atirou, em passo apressado.
As primeiras palavras em solo português foram para manifestar felicidade pela mudança para o FC Porto. Herança de Casillas não o assusta
Antes, na Cidade do México, já se havia desdobrado em declarações de despedida do América, distribuído autógrafos e até posado para fotografias com adeptos das Águias, que fizeram questão de se despedir de um jogador que era visto como um ídolo.
O conforto que sentiu naquele país fez "Marche" chorar quando soube do acordo para a mudança para o FC Porto, mas acredita que, aos 31 anos, isto foi o melhor que lhe podia ter acontecido. "Tomei esta decisão a pensar no futuro da minha carreira, porque será um crescimento profissional", explicou, admitindo que ficou espantado com o interesse demonstrado pelos dragões na sua contratação.
"Surpreendeu-me muito, porque é uma equipa grande da Europa. Aconteceu tudo muito rápido e não tive tempo para encaixar tudo o que estava a acontecer", sustentou o guardião, que na última edição da Copa América partilhou o balneário da Argentina com Saravia.
O FC Porto será o quarto clube da carreira de Marchesín, que terá pela frente a tarefa de render na baliza Casillas, o ídolo de infância. Contudo, garante que isso não o atemoriza. "Essa foi sempre a minha "sorte". Tive de substituir Oswaldo Sánchez, Moisés Muñoz e agora Iker [Casillas]. Em todos os clubes em que estive, enfrentei um desafio difícil", recordou o argentino, feliz pelo facto de a exigência nos azuis e brancos ser a mesma do América. "É, sem dúvida, um grande clube, que também tem a obrigação de ganhar e de ser campeão", rematou.
11170853