Havia a possibilidade de a SAD acumular receitas à medida que a equipa avançasse na prova, implicando ainda um bónus de cem mil euros por participação em cada etapa.
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O afastamento precoce na Liga Conferência começa, esta segunda-feira, a ser dissecado internamente, no primeiro dia de trabalho do plantel.
As feridas ficam mais difíceis de tratar face à impossibilidade de alcançar um potencial encaixe de mais de quatro milhões de euros.
A perspetiva, como dissera António Miguel Cardoso, na ressaca da eliminação ante o Celje, era "uma participação duradoura nesta edição da Liga Conferência, o que implicaria naturalmente um apuramento para a fase de grupos." O que significaria um acumular de milhões, à medida que a equipa avançasse na prova, implicando um bónus de cem mil euros por participação em cada etapa.
Na ideia do presidente estava uma receita superior aos 450 mil euros obtidos na segunda pré-eliminatória, e que ajudará pouco no plano de reestruturação financeira da SAD. O Celje seguiu em frente e arrecadou, para já, 750 mil euros. Verba idêntica ao que o V. Guimarães conseguiu na época passada nesta prova.
O desejo de marcar presença na fase de grupos da Liga Conferência tinha ainda o aliciante de as vitórias valerem meio milhão de euros e o empate 166 mil, além dos 2,940 milhões de euros garantidos. Jogar numa competição europeia tem, também, a vantagem de os jogadores se mostrarem internacionalmente. O caso de André Amaro ajuda a perceber esta dinâmica. O central foi titular pelos sub-21, no recente Europeu, o que melhorou a sua cotação.
O V. Guimarães dispõe de mais jovens ativos, como por exemplo Jota Silva, que teriam a possibilidade de se valorizarem. "Foi, aliás, à custa da valorização dos nossos jogadores que construímos um plantel competitivo para esta época", frisou o presidente, lembrando, na altura, que "o clube continua privado de encaixes resultantes da transmissão televisiva de jogos."
A última participação vimaranense numa fase de grupos aconteceu em 2019/2020, na Liga Europa.