Luuk de Jong: "Vai ser uma grande batalha esta época, mas estamos no bom caminho"
Homenageado pelo PSV, o neerlandês falou sobre a mudança para o Dragão, o reencontro com Farioli e as expetativas para esta temporada. A forma como o italiano estuda os rivais e prepara os jogos cativou o avançado, um dos responsáveis pela perda do título do Ajax em 24/25. Agora, espera rir ao lado do treinador no final da época.
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Luuk de Jong esteve em Eindhoven no sábado para entrar na galeria dos "imortais" do PSV, que lhe reservou um lugar no "Passeio da Fama" do clube onde jogou durante oito temporadas, tendo ainda batizado a sala de Imprensa e recebido uma braçadeira de capitão fundida em bronze numa cerimónia em que fez questão de ter os filhos Dozy e Finn a seu lado. Aos 35 anos, o avançado decidiu mudar-se para o FC Porto, com quem tem contrato até junho, com mais um ano de opção, e não se arrepende da decisão, assim como tem a certeza que não voltará a vestir a camisola do PSV em campo.
"Esse capítulo está fechado. Gostei muito do momento, desta despedida. Adoraria fazer algo neste clube, no futuro, se possível. Não sei, mas a possibilidade existe. Tive momentos maravilhosos no PSV e acho que acabei muito bem. Felizmente, com a conquista de um campeonato no final, que foi incrivelmente especial pela forma como aconteceu. Foi uma ótima forma de deixar o PSV para trás. Estou na última fase da minha carreira noutro lugar, numa cidade linda, numa região linda, onde jogamos por títulos. É um ótimo lugar para se estar e escolhi aventura porque adoro", referiu aos meios neerlandeses depois da homenagem que recebeu no "Phillips Stadium".
A decisão de mudar-se para o Dragão, garantiu, foi pessoal e nunca por se sentir pressionado a deixar o clube de Eindhoven. "Sempre senti que havia um lugar para mim aqui, sempre me deram essa ideia e, em teoria, poderia ter acontecido. Conversámos com frequência. Mas quando o FC Porto chegou... fiz a escolha e pensei: "isto é algo que quero muito", jogar numa equipa de topo que ganha troféus", explicou.
No FC Porto, De Jong encontrou Francesco Farioli, treinador que foi seu adversário no Ajax na época passada e a ideia que tinha do italiano não mudou, pelo contrário. "Quando ele estava no Ajax, notei que era muito focado em analisar o adversário. Desenvolveu táticas contra o PSV e o Feyenoord e foi bem sucedido. Venceu-nos [PSV] duas vezes e derrotou o Feyenoord duas vezes também. Nota-se que é muito focado nesse aspeto tático: como joga um adversário? Como posso garantir que encontraremos uma forma de nos defendermos da pressão e de fazermos nós pressão? Ou é um bloco baixo? Como o superamos? É muito "detalhista" nisso", sublinhou, garantindo que no FC Porto é igual. "Olha para o tipo de equipa que tem pela frente e pensa no que pode fazer com os rapazes. Procurar a pressão, ter muito jogo ofensivo, tentando dominar e recuperar a bola rapidamente. Estamos a fazer muito bem nisso. Temos dois grandes rivais no Benfica e no Sporting e vai ser uma grande batalha esta época, mas estamos no bom caminho", apontou o avançado, destacando ainda o facto de Farioli procurar envolver toda a gente nas suas ideias. "No futebol isso está a tornar-se cada vez mais importante: rotação, usar todos os elementos do plantel".
Esta época estão do mesmo lado da barricada, mas na anterior De Jong foi um dos responsáveis pela perda do título do Ajax, que acabaria por facilitar a mudança do italiano para o Dragão, como Villas-Boas admitiu. "Espero que nos possamos rir todos juntos no final . Ele próprio admitiu que ficou terrivelmente desiludido com o sucedido na época passada. Eu estava no PSV...", atirou garantindo que não fez qualquer aposta com o treinador sobre o título. "Mas estamos a fazer as coisas bem e, portanto, estou muito confiante", concluiu.