Lusodescendente do Jeunesse avisa Vitória de Guimarães: "Não temos nada a perder"

A comitiva do Jeunesse Esch chegou na terça-feira, ao final da tarde, ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro com a esperança de bater o pé ao V. Guimarães e "tentar a reviravolta".

Esta é a certeza dada por David de Sousa, um dos jogadores que o clube luxemburguês permitiu, e até incentivou, que O JOGO contactasse, sem qualquer constrangimento. Aliás, a conversa decorreu enquanto o avançado se encaminhava para o autocarro que aguardava o adversário dos vitorianos, amanhã, quinta-feira, na segunda mão da segunda pré-eliminatória da Liga Europa.

A facilidade na comunicação foi tão surpreendente quanto o português fluente de David de Sousa, apesar de ter nascido há 24 anos no Luxemburgo. A viagem "correu bem" e não faltam razões para o Jeunesse estar "otimista", porque "agora não tem nada a perder", sentindo-se nas palavras do avançado o "sabor de injustiça pela derrota com um golo em fora de jogo".

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O Jeunesse não é um principiante nas provas europeias, mas "nunca chegou à fase de grupos" da Liga Europa e "esse é o objetivo", avisa.

David de Sousa revela a ousadia da sua equipa, bem como o espírito de sacrifício "da maioria dos jogadores, que trabalha e estuda". O nível do futebol no Luxemburgo "subiu nos últimos anos, ao tornar-se mais profissional", conta, mas esta mudança ainda não abarca todos os os clubes.

David de Sousa é um dos casos em que não pode pensar em ser jogador profissional: trabalha numa empresa estatal e admite ser "complicado" repartir o tempo, mas "com organização dá sempre para tudo".

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A vantagem de um golo do V. Guimarães não diminui a vontade do Jeunesse de "dar tudo para passar à fase seguinte". "Analisámos o adversário, naturalmente mais forte em todos os aspetos, basta dizer que os jogadores do Vitória só fazem isto, têm mais dinheiro e é normal terem mais qualidade", disse David, um dos titulares da equipa orientada pelo francês Nicolas Huysman.