Luís Castro desmente reunião entre Matheus e Jesus: "Fui saber, disseram que não"
écnico do Chaves apressou-se a esclarecer junto dos intervenientes e desmente a O JOGO qualquer reunião entre Matheus e Jorge Jesus. Não há interferência dos leões, garante.
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No rescaldo de notícias que davam ontem conta que Jorge Jesus pusera Matheus Pereira, jogador do Sporting cedido ao Chaves por empréstimo, na ordem, Luís Castro, técnico dos flavienses, manifestou a O JOGO a sua estupefação com o relato. "Fiquei surpreendido, no mínimo. Não fiquei com boas sensações, porque é isso que me causa sempre que vejo alguma coisa que não é verdade. Hoje [ontem] de manhã sou confrontado com uma primeira página que diz que um treinador, neste caso o Jorge Jesus, tinha posto o meu jogador a render após uma reunião com ele...", desabafou o treinador de 56 anos, antes de revelar a sua reação: "Tentei fazer aquilo que o jornalista não fez. Se estavam duas pessoas implicadas, que eram o Jorge e o Matheus, fui saber. Disseram que não, não tinha havido reunião nenhuma. A conversa foi muito simples: o Matheus disse-me que não falou e o Jorge disse-me também que não tinha tido uma reunião com ele. Seguimos em frente."
Abordando os propalados comportamentos desviantes do jogador que teriam merecido a intervenção do treinador do Sporting, Luís Castro observou: "O Matheus teve aquilo que todos os jogadores têm, que é alguma dificuldade de adaptação quando aparece uma situação destas, que é mudar da capital para Chaves. E aí necessita do apoio de toda a estrutura. E foi aquilo que nós fizemos. A estrutura apoiou o Matheus, que teve alguma intermitência no início, em termos de produção, não foi muito constante, e daí até ter ficado alguns jogos de fora. Depois, quando se conseguiu adaptar de uma melhor forma, estar mais descansado e mais integrado, naturalmente o potencial dele saiu cá para fora e tem vindo a fazer uma época boa. Mas o grande mérito disso não é meu, que interferi junto dele, não é da Direção, que lhe criou condições, porque essa é a nossa obrigação. A grande obra pertenceu a ele mesmo, que conseguiu trabalhar de forma a conquistar a titularidade e ter uma boa produção." Uma "ação concertada" para recuperar o jogador não é descartada por Luís Castro que afasta, porém, qualquer intromissão no seu trabalho: "Até estaria de acordo se houvesse uma situação que não se relacionasse com liderança do treinador, que fosse para além disso, que houvesse uma ação concertada sobre o jogador. Agora, no dia em que precisar que um colega meu intervenha sobre o meu jogador para vir liderar o seu desenvolvimento, é melhor agarrar nas minhas coisinhas e deixar de ser treinador. Nunca seria outro treinador a vir pôr um jogador meu na ordem." As interferências dos leões, de resto, não se têm verificado, assegura. "Não, nunca senti. É bom sentir que o clube confia no nosso trabalho, que nos coloca jogadores nas mãos, para nos ajudarem, mas também para nós os ajudarmos a eles. Já o ano passado senti confiança do Sporting que nos colocou o Heldon e o Petrovic [no Rio Ave], este ano colocou o Matheus e o Domingos [Duarte], é um clube que confia no nosso trabalho." "O Matheus tem capacidade para jogar cada vez melhor e a um nível mais elevado", rematou.