Um aumento superior a sete por cento nas assistências em relação à época passada
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A Liga Portugal divulgou esta sexta-feira os números relativos à primeira volta das provas profissionais. A grande novidade da apresentação, a cargo de Helena Pires, CEO da Liga, foi o aumento substancial das assistências na I Liga e na II Liga. Em relação à época passada, registou-se uma subida superior a sete por cento. Em 2022/23, tinham visto jogos das duas ligas um milhão e 890 mil adeptos (36,17%) e na presente época os estádios contaram com 2,14 milhões de espetadores (43,46%), “Pela primeira vez temos um número superior a dois milhões de pessoas nos estádios portugueses, o que nos parece relevante. Está a valer a pena a campanha que temos desenvolvido”, afirmou Helena Pires.
A propósito do adiamento do jogo entre o Famalicão e o Sporting, por falta de policiamento, a CEO da Liga reconheceu que foi “um episódio que nenhum de nós gostou de assistir” e deixou uma garantia: “Acho que os nossos estádios são seguros. Conseguimos pela primeira vez ter zonas do estádio onde existe uma sã convivência entre os adeptos. É isso que temos de continuar a trabalhar, que as pessoas e as famílias se sintam seguras nos estádios. Neste momento, atrevo-me a dizer que não sofremos um problema de insegurança nos estádios.”
A celeridade da justiça desportiva foi outro dos objetivos atingidos. “O tema da justiça desportiva está longe de ser resolvido, mas, dentro das competências da Liga, o que tínhamos para fazer conseguimos fazer”, defendeu. A Liga Portugal está já a colher os frutos da aposta na implementação do modelo de exclusividade da Comissão de Instrutores e garante, hoje, “uma Justiça Desportiva mais célere do que nunca”. O prazo médio de instrução passou de 88 dias, em 2021/22, para 23 em 2022/23 e para 17 dias, em 2023/24, apesar do aumento do número de processos instaurados.
A Liga Portugal está, segundo Helena Pires, “mais valorizada do que nunca”. “Em termos financeiros temos oito épocas consecutivas com resultados financeiros positivos”. Em 2022/23, registou uma receita recorde de €2,41 milhões, e para 2023/24 está projetado o maior orçamento de sempre (€1,110 milhões de resultado operacional) e tem prevista a maior distribuição de sempre às Sociedades Desportivas, com um valor superior a 9,2 milhões de euros. O futebol profissional tem um impacto na economia nacional maior do que nunca: representa 0,26 por cento do PIB (Produto Interno Bruto). Em 2022/23 contribuiu com mais de €228 milhões em impostos, com mais de 3500 postos de trabalho e com mais de €667 milhões para o PIB. “Em resumo, temos um impacto económico maior do que nunca mas continuamos a ter custos de contexto que nos preocupam”, considerou Helena Pires.
Por fim, a primeira volta dos campeonatos profissionais “confirmou uma Liga cada vez mais atrativa”. O escalão principal registou a maior média de golos de sempre nas primeiras 17 jornadas, entre as edições com 18 equipas, com um total de 446 golos e uma média de 2,92 golos por jogo. Estes valores da primeira volta são superiores aos da La Liga, Serie A e Ligue 1, entre outras. Os dados animadores não se ficam por aqui: a média de faltas da I Liga está a diminuir, pela sétima época consecutiva, e a de tempo útil de jogo a aumentar (55,10 minutos).