André Almeida, médio do Vitória de Guimarães, falou em videoconferência e recuou no tempo, falou dos ídolos e, sobre a cláusula de rescisão, assegura: "É só um número".
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O recolhimento: "Esta é uma situação difícil para todos. Todos sofremos".
Época de estreia na equipa principal: "Antes de começar a temporada, não pensava que iria fazer os jogos que fiz, incluindo no Emirates Stadium, contra o Arsenal. Foi um início de temporada de sonho, mas depois tive de parar devido a problemas físicos. Deixei de ser opção, mas continuo a trabalhar para voltar ao onze e jogar. É assim que sou feliz".
Representou sempre o Vitória desde criança: "Desde criança que tinha o sonho de jogar pela equipa principal. Quando somos pequenos, sonhamos grande. É motivo de orgulho ver o meu pai, que é um vitoriano de gema, muito feliz por me ver jogar no estádio. É um orgulho e prazer vestir esta camisola".
Ambição no clube: "Gosto muito do Vitória e estou aqui para jogar e evoluir. Só assim poderei atingir patamares superiores. Braçadeira de capitão? Era um prazer um orgulho assumir a braçadeira do Vitória. Acho que será possível no futuro".
Referências: "Tenho como ídolos e revejo-me no Kevin De Bruyne [Manchester City], o médio mais completo do mundo. Tento aprender com ele. Gosto de ver jogar o Bruno Fernandes e também apreciava o Iniesta, que já acabou a carreira e era o melhor médio do mundo. E o meu pai mostrava-me muitos vídeos do Zidane, que era fenomenal. No Vitória, daquela equipa que ganhou a Taça de Portugal gostava muito de ver o Tiago Rodrigues e o André André. O André é um exemplo para mim. Ensina-me muito e dá-me muitas dicas".
Concorrência no meio-campo: "Temos muitas opções no meio-campo e todas de grande qualidade... É um desafio para mim. Mas não me sinto inferior, estou ali para jogar. Sou muito novo, também aprendo muito com eles e acredito que isso me ajudará a evoluir, tornando-me melhor jogador no futuro".
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O começo dos treinos em maio: "Sinto muitas saudades de ter a bola nos pés, de estar com os meus companheiros, do ambiente antes dos treinos, do ginásio e do departamento médico. Estou ansioso que isto comece, o mais rápido possível. Sei, no entanto, que devemos zelar pela nossa saúde e só voltar no momento certo. Nessa altura, seremos informados pelo clube e lá estaremos para treinar".
Receio pelos contactos físicos? "Pelo que nos informaram, está tudo pensado e calculado para que numa primeira fase os jogadores evitem contactos físicos. Confio no departamento médico do Vitória e acredito que tudo será feito com rigor".
Cláusula de rescisão de 20 milhões de euros: "É apenas um número, estou no clube para jogar futebol. Não ligo a cláusulas ou contratos. Quero é jogar, evoluir, marcar golos e assistir os companheiros".
Impacto da pandemia: "Não sei como será o futuro. Os jogadores do Vitória querem é jogar e atingir o nosso objetivo. Estamos ansiosos pelo regresso".
Jogares formados no clube na equipa principal: "Faz sentido. Os jogadores de Guimarães sentem o clube de forma diferente, sabem o que os adeptos esperam deles. Quem gostaria de ter ao meu lado? Fui companheiro de bons jogadores, mas seria injusto mencionar apenas alguns. São vários os que têm qualidade e que podem dar o salto num futuro próximo".
Marcou um golo de cabeça ao Rio Ave: "Se me dissessem que o meu primeiro golo pela equipa principal seria de cabeça, eu não acreditaria. Não tenho estatura elevada e o meu forte também não é o jogo aéreo. Parecia que alguém me tinha colocado ali para marcar aquele golo. Nunca tinha marcado um golo de cabeça. Foi o destino".
Recordações: "Quando tinha seis ou sete anos, lembro-me de entrar em campo de mão dada com jogadores em partidas da equipa principal. E eram sempre da equipa adversária. Tinha seis ou sete anos. Recordo-me de ter acompanhado uma vez o Rui Patrício e o James Rodríguez, num jogo para a Taça de Portugal".