César Machado, antigo dirigente, aprecia "muito" o trabalho desenvolvido por Ivo Vieira, mas lembra, por exemplo, que as condições impostas para renovar "podem não ser satisfatórias para o clube".
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Num programa em que Ivo Vieira participou esta semana na página do facebook "Quarentena da Bola", foram inúmeros os adeptos do Vitória de Guimarães que pediram que o treinador renovasse o contrato. Este foi apenas um exemplo do que tem sido frequente nos últimos tempos.
Esta pressão dos adeptos sobre a SAD para resolver a continuidade do treinador não é defendida por todos. César Machado, sócio há 45 anos e que foi presidente do Conselho Fiscal entre 2004 e 2007, entende que a Direção liderada por Miguel Pinto Lisboa está a gerir a situação da forma mais correta. "O clube só está em condições de confirmar publicamente quando as negociações estão findas. Respeito os calendários que a Direção ache adequados, porque está a fazer o que entende que é melhor para o clube. O pior serviço que os vitorianos podem prestar é exercer uma pressão externa para uma qualquer contratação - seja de um treinador ou de um jogador - porque daí resulta um fortalecimento negocial da posição da pessoa com quem o Vitória está a negociar", considerou, apontando aspetos distintos que são importantes no momento de decidir: "Uma coisa é apreciar muito o trabalho de Ivo Vieira, coisa diferente é entender que é obrigatória a renovação se as condições impostas não forem satisfatórias para o clube".
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O advogado de 57 anos, que integrou a equipa liderada por Vítor Magalhães, elogiou o desempenho de Ivo Vieira, e não hesita em afirmar que lhe apresentaria uma proposta para dar continuidade ao trabalho feito esta época. "Se dependesse de mim, continuaria. A sua renovação dependeria sempre se as condições propostas fossem satisfatórias para o clube e se as ideias do treinador se identificassem com o projeto que a administração tem traçado para o futuro", salientou.