Esta manhã, no julgamento de Rui Pinto, a testemunha da Doyen estava online, mas não atendeu
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O funcionário judicial de serviço no julgamento de Rui Pinto tentou esta terça-feira, durante a 46.ª sessão, entrar em contacto com a testemunha Arif Efendi, mas este não chegou a atender a chamada que lhe foi feita na sala de audiências do Tribunal Central Criminal de Lisboa.
"Ele está online, mas não atende", desesperava o funcionário, enquanto na sala de audiências ecoavam os sonoros beeps da tentativa de chamada. Do outro lado, Arif Efendi, testemunha arrolado pelo advogado de Rui Pinto, continuava sem atender.
"Ele tem estado muito ativo no twitter", afirmava Francisco Teixeira da Mota, advogado de Rui Pinto, avançando assim uma alternativa para que o tribunal, eventualmente, conseguisse comunicar com o elemento da família Arif, um dos proprietários da Doyen, fundo de investimentos sediado em Malta que negociou vários anos no futebol português, nomeadamente na área da intermediação de transferências de futebolistas.
Esta empresa queixa-se de ter sido alvo de uma tentativa de extorsão de Rui Pinto e de ter visto o seu sistema informático devassado pelo denunciante ligado aos Football Leaks.
"Seria viável se o tribunal tivesse uma conta de twitter, mas não tem. Vamos tentar via skype", comentava a juíza Margarida Alves, reconhecendo: "Claramente que estas pessoas não querem prestar declarações."
Arif Efendi, no entanto, voltou a não estar disponível para o tribunal, como já acontecera noutra ocasião. Teixeira da Mota decidiu assim prescindir desta testemunha (e de Salih Berberoglu, também ligado à Doyen), pelo que a juíza avançou para o passo seguinte: agendar para maio as sessões de depoimento de Rui Pinto, a primeira das quais ficou marcada para dia 13 de maio. Uma sexta-feira.