Advogado de Rui Pinto garante que era impossível os inspetores da PJ terem ouvido as conversas com os representantes da Doyen numa estação de serviço da A5.
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O advogado Aníbal Pinto, arguido no julgamento do processo Football Leaks, contestou as versões apresentadas por Aida Freitas e por Hugo Monteiro, inspetores da PJ, num RDE (Relato de Diligência Externa), a propósito de um encontro entre ele e dois representantes da Doyen, que teve lugar numa estação de serviço da A5, alegadamente com o objetivo de negociar a verba que aquela empresa poderia pagar para que não fossem divulgados documentos da empresa que Rui Pinto teria em sua posse.
Aníbal Pinto explicou que estava sentado numa mesa com Pedro Henriques (advogado da Doyen) e com Nélio Lucas (ex-administrador da Doyen) e que o casal formado pelos inspetores (à paisana) estava "a uma distância não inferior a nove metros", pelo que seria "completamente impossível ouvirem a conversa" que teria mantido com os representantes da Doyen.
Uma exceção terá ocorrido num momento em que Nélio Lucas "fez uma oferta" a Aníbal. "Eu disse que não admitia, fiquei insultado. O único momento em que me podiam ter ouvido foi esse, em que levantei o tom de voz", afirmou. Aníbal Pinto explicou ainda que entendeu prestar este esclarecimento nesta sessão, porque "quem não sente não é filho de boa gente".
A sessão 47 do julgamento do processo Football Leaks, no qual são arguidos o denunciante Rui Pinto e o advogado Aníbal Pinto, está a decorrer esta sexta-feira no tribunal Central criminal de Lisboa.
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