Advogado do arguido mostrou-se moderadamente otimista à saída do tribunal, após a 46.ª sessão do julgamento
Corpo do artigo
Francisco Teixeira da Mota, advogado do denunciante Rui Pinto, afirmou esta sexta-feira, à saída do Tribunal Central Criminal de Lisboa, que o arguido em questão, agora a analisar mais informação sobre provas digitais, pode prestar declarações durante várias sessões.
"É natural que as perguntas possam prolongar-se por mais do que um dia. Ele está bem psicologicamente. Iniciou este trabalho de análise da prova digital e está disponível para responder a perguntas. Só precisa de ter acesso a toda a prova, que está a ser indexada para poder analisar", afirmou Teixeira da Mota.
No entender do advogado, Rui Pinto já ouviu neste julgamento factos que podem ser utilizados a seu favor, mas também outros em sentido contrário. "Houve prova feita num sentido que lhe é favorável e houve prova feita num sentido que lhe é desfavorável e ele vai apresentar os factos que ele viveu e reconhece", afirmou.
Teixeira da Mota explicou ainda que Arif Efendi e Sarih Berberoglu, testemunhas por si arroladas, e que não responderam à solicitação para se apresentarem em tribunal, foram descartadas deste julgamento por uma questão de andamento processual.
"Prescindimos destas testemunhas ligadas à assistente Doyen. Tinham alguma relevância, se não não as tínhamos indicado, mas uma vez que não querem prestar declarações, prescindimos porque não queremos atrasar o julgamento", juntou.
1475210
Rui Pinto responde por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada.