José Mota, treinador do Aves SAD, em antevisão ao jogo em casa do Estoril, da quinta jornada da I Liga, agendado para as 15h30 de sábado
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O Aves aproveitou o interregno da liga e fez um estágio de uma semana no Luso: “Esta paragem foi importante para nos conhecermos melhor, porque temos jogadores que chegaram recentemente e precisavam de trabalhar, de se integrar, de perceber as nossas ideias. Precisávamos de tornar o grupo mais coeso e mais rigoroso e estas duas semanas foram muito importantes para adquirir esse conhecimento e tornarmo-nos mais fortes. E posso dizer que já temos um grupo coeso, disciplinado e com ambição. O futebol não é só a bola, é também o conhecimento mútuo, perceber as personalidades de cada um e a exigência que temos de ter no dia-a-dia. Mas os jogadores estão a adaptar-se muito bem e isso dá-me confiança para o que aí vem”.
Jogo com o Estoril: “Agora, essas ideias têm de ser passadas para o jogo. Trabalhámos muito esse aspeto, até porque vamos defrontar o Estoril, um adversário difícil, sobretudo em casa. E que tem um grupo que já se conhece bem, pois o treinador e grande parte dos jogadores transitaram da época passada. Isso vai obrigar-nos a estar no máximo da concentração, no nosso melhor nível. Espero um Estoril agressivo, determinado e ambicioso”.
Defesa e ataque para evoluir: “O objetivo foi trazer jogadores que acrescentassem qualidade e hoje temos um grupo mais forte e com condições para lutar pelas nossas ambições. Mas as equipas não se fazem de um dia para o outro. Temos de melhorar defensivamente e ofensivamente. Não temos marcado muitos golos e temos sofrido. É preciso evoluir nesses aspetos. Não sofrer golos é fundamental, porque dá confiança. E isso não é apenas trabalho da defesa, é da equipa toda. Estamos muito mais perto de conseguir esse equilíbrio. Em Braga, por exemplo, estivemos bem na organização defensiva, mas recuámos demasiado quando já ganhávamos e podíamos ter saído mais em transição. Hoje temos mais soluções e mais opções para mudar o rumo do jogo. Quero manter a organização, mas também elevar a acutilância ofensiva”.
Mais opções mas confiança: “Hoje já temos mais soluções no banco e isso dá tranquilidade. Ter alternativas faz diferença porque permite mudar o jogo consoante o resultado. Se estou a ganhar, posso reforçar a defesa. Se preciso de atacar, tenho jogadores que entram e acrescentam. Antes não era assim. Em Braga, na fase final estávamos a vencer e se tivesse mais um central tinha-o metido e o resultado [2-2] podia ter sido outro”.