O treinador do Sporting admitiu alguma surpresa com a entrada forte do Astana, mas explicou que uma conversa ao intervalo bastou para virar o resultado e ficar em vantagem na eliminatória.
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Surpresa no arranque: "O importante era levar a eliminatória para Lisboa e, com um resultado de três golos, melhor ainda. Mas fomos surpreendidos nos primeiros 20 minutos por uma ofensiva muito rápida da equipa do Astana e com uma velocidade muito grande da bola. O nosso lado esquerdo não conseguia travar o lado direito do Astana".
Mudança de postura ao intervalo: "Senti logo nos primeiros cinco minutos de jogo a forma como estávamos a reagir. Estávamos com muito stress. Eles ganharam as bolas divididas. Falei com os jogadores ao intervalo, disse que tínhamos de corrigir aqui e ali e que a partir daí íamos começar a fazer golos. Segunda-feira já temos um jogo em Tondela e procurámos que a equipa descansasse um pouco. A vantagem e o facto de termos mais um jogador em campo permitiu fazer isso".
Gestão do plantel: "Praticamente precisas de todos e todos se sentem importantes. Houve jogadores que jogaram hoje e com o Feirense não, jogaram hoje e não vão jogar com o Tondela. Estava com medo, para além do jogo, do sintético, do que podia acontecer à equipa em termos físicos, com alguma lesão. Tivemos logo jogadores a queixarem-se, com problemas de articulações. Os amortecedores, como costumo dizer, começam a dar sinais. Estava com medo do jogo nesse aspeto. Ainda não falei com o doutor Varandas [médico do Sporting], mas parece que está tudo bem".
Alterações na equipa: "Senti na primeira parte que a equipa não estava bem posicionada. Com muita incapacidade de chegar à bola, de reduzir o espaço do adversário, independentemente do valor deles. Se me derem espaço eu também jogo, mesmo com 60 anos. No futebol não há timeout e não era fácil corrigir o que queria. Ao intervalo mudámos totalmente o nosso posicionamento. A entrada do Battaglia foi determinante para dar segurança defensiva à equipa e partimos para o segundo jogo com uma vantagem muito boa. Marcar três golos aqui não é fácil. Um ambiente bonito, um estádio espetacular, em que não se sente o frio".
Segunda mão: "Temos que ter outra cautela. Dois golos de vantagem, no teu estádio, frente ao teu público, são coisas que podem servir de muleta. Se calhar, posso pôr mais jogadores que não têm jogado, porque mesmo com esses acredito que posso segurar esta eliminatória".