Em conferência de imprensa, o treinador do Sporting comentou a goleada sofrida pelo FC Porto frente aos "reds", no Dragão, destacando, no entanto, o valor do triunfo leonino no Cazaquistão (3-1).
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Duas partes distintas e o timeout: "Foi importante levar vantagem de golos e com segurança de dois golos de vantagem. Já jogaram aqui grandes equipas europeias que não conseguiram vencer... Duas partes completamente diferentes. Surpreendidos com a intensidade e velocidade do Astana na primeira meia hora, por mas posicionamentos mas também pela forma como disputavam cada lance, ganhavam as segundas bolas, superioridade no espaço para surpreender. O nosso lado esquerdo a defender não existia, o Bruno Fernandes e o Bryan Ruiz muito mal posicionados. Não estava fácil corrigir sem timeout. Segunda parte muito forte. Podíamos ter feito mais golos. Não podes dar avanço pois podes não conseguir recuperar, felizmente conseguimos".
Dificuldades: "Não foi só o sintético. Não entrámos focados no jogo. A intensidade do Astana na primeira meia hora foi muito alta e, com a ajuda do sintético, surpreenderam-nos, além de estarmos mal posicionados taticamente".
Comparação com resultado do FC Porto: "Quando se ganha, o que moraliza são as vitórias. Não só importante porque é da Liga Europa. É importante demonstrar qualidade fora de Portugal, como fizemos na Champions. Mas embora não seja fácil ganhar aqui, o Astana não é o Liverpool. O Astana é o Astana, mas não nos tira o mérito. No futebol temos de estar desconfiados, temos de ir desconfiados para a segunda mão".
Castigo de Fábio Coentrão: "Quero destacar que já tiraram três golos ao Doumbia, tem de fazer dois para valer um. Marcou e não estava em fora de jogo. O outro pormenor que quero destacar é que a logística do clube preparou este jogo com muito cuidado, não faltou nada. Por isso melhor na segunda parte do que na primeira. Quanto a tirar o Fábio, tinha era de tirar três... Estava a ser um corredor muito mal posicionado, não passava só pelo Fábio e sim pelos três que fechavam esse lado. E tirei-o não só por ter melhorado na segunda parte, mas como sabem não temos o Fábio para Tondela e aproveitei a pensar nessa possibilidade, para testar o Marcos [Acuña] como lateral-esquerdo. O que se passou com ele no Dragão não vi, foi do relatório do delegado porque o árbitro também não viu nada, foi dentro do túnel. Vamos ver com o gabinete jurídico como será a sua defesa".