Excertos da entrevista de Jorge Andrade ao programa "Hora dos Craques", apresentado por Maniche e Miguel Marques Monteiro, no Porto Canal
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Aquela expulsão pela brincadeira com o Deco: "Sou expulso dividindo uma bola com o Deco. Nos treinos, eu estava com o vício estúpido de mandar levantar toda a gente com o pé, em vez de ir lá com a mão. Armado em Fernando Couto [risos]. E não é que no jogo fui fazer isso? O Deco estava no chão, a reclamar e eu 'anda lá, levanta-te'. Veio o árbitro disparado...Tudo o que é fluorescente, não vejo bem as cores. Ele veio com o vermelho mas parecia-me meio fluorescente, 'é laranja ou vermelho?'. É vermelho, 'out! [fora]' disse o árbitro."
Até a mãe do Deco estranhou: "Nesse próprio dia, acabou o jogo e tínhamos combinado ir jantar com as famílias, dávamo-nos bem. Até a mãe do Deco, quando chegou estava a chorar 'mas vocês não era amigos?' [risos]. Esse árbitro [Markus Merk] não teve coração, prejudicou-me a mim e à equipa. Foi o mesmo que nos apitou a final do Euro'2004. Troquei a minha camisola com ele para ele se lembrar de mim e eu daquele senhor que me apitou duas vezes e sempre no dia errado."
A grande reviravolta do Depor contra o Milan em 2004: "Levámos 4-1 do Milan e as pessoas recebem-nos aos beijos no aeroporto. E nós desanimados, a achar que já estávamos eliminados. Mas depois durante a semana, nos treinos dizíamos 'vamos tentar, nem que seja uma reação'. Ao primeiro dia, dois ou três jogadores já estavam animados, quando chega o dia do jogo estava um ambiente fantástico. Foi a atitude que mudou. Nas primeiras bolas, eu e o Naybet entrámos logo de carrinho aos avançados, voaram, nem queríamos saber. Ganhámos confiança, superioridade, a primeira bola que vai à baliza entra. Há uma frase do Pirlo em que diz que parecíamos dopados. Se ele soubesse o doping da Corunha [risos]...às quintas-feiras, jantar de equipa, tapas e vinho tinto."
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