Aluguer do Sánchez Pizjuán, em Sevilha, custa um pouco mais de 100 mil euros e é a maior fatia da fatura que o FC Porto terá de pagar por jogar com o Chelsea em casa emprestada.
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O prejuízo direto motivado pela pandemia já é bastante elevado - mais de 27 milhões de euros até março, de acordo com Pinto da Costa - mas a fatura vai continuar a aumentar. Só esta semana serão mais 200 mil euros que a SAD vai ter de pagar para jogar com o Chelsea em Sevilha, isto sem falar nos mais de um milhão de euros que poderia fazer (em receita de bilheteira) caso o jogo da primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões fosse em casa e sem restrições ao nível do público.
Além de não poder encaixar essa verba, o FC Porto vai ter de pagar do seu bolso o aluguer do estádio Sánchez Pizjuán e ainda toda a restante logística (voos, hotel, transfers, protocolos de segurança, etc). Ao todo a conta rondará os 200 mil euros, sendo que a maior parte será entregue ao Sevilha, dono do palco dos dois jogos com o emblema londrino. Já agora, refira-se, será o Chelsea a pagar o "empréstimo" do recinto para a segunda mão.
De acordo com o que O JOGO apurou em Espanha, um clube pode alugar o Sánchez Pizjuán para disputar uma partida oficial por uma verba entre os 100 mil e os 150 mil euros. Caro, mas ainda assim muito mais acessível do que seria preciso pagar para jogar no Wanda Metropolitano, de Madrid, outro dos palcos que foi equacionado para o encontro de amanhã.
A realocação dos jogos para Espanha, recorde-se, foi motivada pelas restrições à circulação entre Portugal e o Reino Unido. O prolongamento da suspensão de voos entre os dois países até 15 de abril, decretado na semana passada pelo Governo português, obrigou à procura de uma alternativa por parte da UEFA e dos responsáveis dos dois clubes. A decisão acabou por ser rápida e os dois jogos serão disputados no mesmo local.
Devido ao aperto do calendário, o FC Porto procurou, desde o primeiro momento em que percebeu que o Governo não abriria uma exceção nas regras, encontrar uma solução que não sobrecarregasse ainda mais a equipa ao nível de viagens. Espanha, que não obriga a quarentena a quem viaja desde Portugal e Inglaterra, foi, por isso, a escolha óbvia. Além disso, dada a proximidade - são cerca de 500 quilómetros pela via aérea e uma hora de voo desde o Porto até Sevilha - o preço a pagar para fretar o avião também fica mais em conta. Ainda assim, o cheque será chorudo, mas só "pesará" a quem ficar pelo caminho porque os 12 milhões de euros que a UEFA dá a cada um dos quatro semifinalistas fará, seguramente, esquecer essa despesa.