Novo meio para atingir o fim: o que muda no FC Porto e a estratégia para travar o Chelsea
Faltam Taremi e Sérgio Oliveira, os dois goleadores do FC Porto, mas a ambição será a mesma com Grujic ao lado de Uribe e Díaz no apoio direto a Marega.
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"A história do FC Porto diz-nos que não há impossíveis". A mensagem motivacional que os adeptos mostraram no Olival alimenta o sonho dos quartos de final da Liga dos Campeões que os portistas vão começar a disputar, esta quarta-feira, sem os seus dois melhores marcadores.
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Sérgio Oliveira e Taremi estão castigados e o poder de fogo do dragão estará limitado contra a equipa que mais dinheiro gastou em compras no último verão e que, ainda por cima, não tem baixas, apesar de um dos craques desta constelação - N"Golo Kanté -, estar limitado ao banco. O mais recente episódio europeu dos dragões confirmou que, realmente, não há impossíveis e mesmo com um meio (campo) novo, o fim deste FC Porto não muda: vencer e dar um passo que lhe permita manter vivo o sonho de chegar às meias-finais da Liga dos Campeões e encaixar mais 12 milhões de euros.
Conceição vai tentar contrariar o poderio do Chelsea controlando os ritmos no meio-campo. Na constelação dos londrinos, que não têm baixas, Mount e Ziyech são apenas dois dos perigos maiores
Sem os goleadores, Grujic vai ser o parceiro de Uribe e Luis Díaz, o escolhido para dar apoio a Marega na frente, mantendo-se Corona e Otávio nas alas, mas sempre com o jogo interior no pensamento. Aliás, com estas peças, o FC Porto poderá ir mudando a sua dinâmica, procurando ter bola e impor um ritmo mas baixo, que não permita as transições rápidas de que o adversário tanto gosta e para as quais Sérgio Conceição está alertado. Outro ponto crucial será impedir que Timo Werner ataque a profundidade (caso não jogue o mais clássico Giroud, que leva seis golos na Champions) ou Ziyech e Mason Mount "peguem" no jogo. Depois, também dará jeito um Marchesín com "seis mãos" como em Turim, um Pepe inultrapassável e saber sofrer, antecipando que dificilmente a eliminatória ficará decidida esta noite.
Com Tuchel, o Chelsea levava 14 jogos consecutivos sem perder (e apenas dois golos sofridos) até que, no sábado passado, o WBA revelou algumas fragilidades numa equipa que é muito forte e favorita nestes quartos, mas que está longe de ser perfeita. A expulsão de Thiago Silva ajudou a expor problemas defensivos, embora não justifique tudo. A ausência de N"Golo Kanté também foi importante e o francês, a julgar pelo que disse o seu treinador, ainda não está em pleno. Sérgio Conceição desconfia desse resultado, preferia que o adversário tivesse ganho, mas o forte abalo sentido em Stamford Bridge poderá ter mexido com a confiança da equipa e ter uma réplica esta noite, em Sevilha.