Joaquim Evangelista ficou "chocado" com as imagens das agressões.
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O presidente dos Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, Joaquim Evangelista, afirmou que o Sporting "não soube evitar e garantir as condições de segurança", referindo que os atletas estão "muito abalados".
"Em primeiro lugar importa repudiar estes atos. Este grupo de criminosos que invadiu as instalações do Sporting, e o Sporting não soube evitar e garantir as condições de segurança aos jogadores, merecem a nossa condenação", disse.
Joaquim Evangelista defendeu que os jogadores estão "inseguros e convencidos que não têm condições para exercer a sua profissão".
"Apelamos às autoridades e ao Sporting que restabeleça as condições de segurança para os profissionais de futebol e equipa técnica. Choca-me ver jogadores agredidos. Vi as imagens do Bas Dost e falei com os jogadores e o sentimento comum é de revolta e de insegurança. Psicologicamente os jogadores estão muito fragilizados", afirmou.
Joaquim Evangelista disse que já falou com os jogadores depois dos acontecimentos na Academia em Alcochete e que estes estavam "muito, muito abalados" com o que aconteceu, explicando que são seres humanos e que "quem é alvo de uma abordagem destas pensa duas vezes".
O presidente do sindicato explicou que tem acompanhado há algum tempo a situação dos jogadores do Sporting, defendendo que "já se adivinhava, de alguma forma, uma situação destas".
"É grave que alguém que seja responsável não antecipe estes problemas. A situação é grave, exige uma tomada de posição muito forte dos responsáveis desportivos e das autoridades", frisou, salientando que os responsáveis devem ser "identificados e responder pelos atos".
Joaquim Evangelista defendeu que os jogadores estavam "motivados para dar uma satisfação aos adeptos".
"Ninguém estava satisfeito com a derrota do último fim de semana e queriam, de facto, dar aos adeptos essa satisfação e depois acontece isto. Neste momento a vontade dos jogadores é desaparecer, sair deste filme", disse.
Sobre as questões jurídicas, relacionadas com possíveis rescisões de contratos, Joaquim Evangelista recusou comentar. "É um assunto a tratar com os jogadores, se os jogadores decidirem tomar alguma posição, vão fazê-lo oportunamente. Quero manifestar disponibilidade e solidariedade com os jogadores, que terão todo o nosso apoio", defendeu.
A terminar, o presidente do sindicato salientou que o futebol português não pode pactuar com estas situações. "Tem de haver consequências e os responsáveis que alimentam este clima têm que ser responsabilizados e dar a cara. Os adeptos do Sporting têm de apoiar os jogadores e condenar o que se está a passar", concluiu.