João Henriques antes do jogo com o Benfica: "Há uns tempos isso aconteceu com o Coates..."
Treinador do Vitória de Guimarães fez a antevisão ao jogo frente Benfica, para a Taça da Liga, agendado para as 21h00 de quarta-feira.
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Objetivo: "Com todo o respeito pelo adversário, vamos apresentar a melhor equipa para ultrapassar um adversário difícil. Sem olhar para trás para o que aconteceu, e pelos bons momentos que já tivemos, pela exibição que fizemos no último jogo, contra o Santa Clara, queremos prolongar isso, conjugando a exibição com um resultado obviamente melhor".
Gestão do plantel? "Digo sempre que vamos com os melhores em termos de confiança, para o plano estratégico e os melhores para aquele jogo. No último jogo estivemos praticamente atrás de um resultado, mas resultados práticos. Isto numa semana difícil, com várias situações: o André André com gastroenterite, casos de covid-19, o Jorge Fernandes com uma amigdalite e 40 graus de febre. Tivemos de alterar à última hora algumas situações. Não foi por acaso que convocámos 24 jogadores. Havia muita incerteza. Para amanhã vamos com os melhores e com o mesmo espírito, num palco que já por si é difícil. Vamos lá para ganhar e para seguir em frente na eliminatória. Queremos estar novamente na final-four da Taça da Liga. Tenho toda a confiança no grupo de trabalho e vamos dar uma boa resposta, contra um Benfica que também vem de uma série de jogos consecutivos. Estamos todos em pé de igualdade em termos de sobrecarga de jogos. Queremos apresentar uma boa qualidade e que sejamos mais felizes do que no último jogo"
Quaresma e Marcus Edwards são compatíveis no mesmo onze? "Nos últimos jogos, e em termos estratégicos, optámos por este tipo de gestão: quando um joga o outro está no banco. Mas todos são os jogadores são compatíveis."
Benfica permeável na defesa? "Não há jogos iguais. O Benfica tem apresentado várias facetas, mas em todas elas com uma equipa forte, com um treinador experiente e que dispensa apresentações. O Benfica é candidato a vencer todas as competições em que entra, mas num jogo tudo pode acontecer, ainda por cima num jogo em que, em caso de igualdade, passa logo para as grandes penalidades. O Benfica é favorito, porque normalmente é isso que acontece em todas as partidas e em todas as competições, mas o Vitória tem responsabilidade nesta prova e esteve na final four na época anterior. Quer estar lá novamente, com respeito pelo adversário."
Falta de sorte: "Às vezes aquela pontinha de sorte também não aparece. Trabalhamos dia a dia para melhorar e, a partir do dia em que a bola começar a entrar na baliza, o Vitória cai ser muito maus efetivo. Neste momento isso não tem acontecido e, no último jogo, pagámos a fatura por essa ineficácia, mas a qualquer momento isso vai mudar. Para este jogo com o Benfica, o que nos interessa é passar a eliminatória. Se for com 1-0, é perfeito, se tivermos de ir às grandes penalidades e passarmos, perfeito, mas a cereja no topo do bolo seria passar com golos. Temos criado situações, mas agora temos de passar à fase de sermos mais eficazes."
Facilidade em entrar na defesa do Benfica? "Por vezes parece fácil. Todos os jogadores do Benfica têm uma qualidade tremenda, normalmente erram menos, mas os erros acontecem. São fases que acontecem aos mais variados jogadores. Há uns tempos isso aconteceu com o Coates, que fez alguns golos na própria baliza. Ele não deixou de ser bom jogador. Sabemos que o Benfica tem feito golos na maioria dos jogos, é uma equipa forte ofensivamente, e pela forma como se expõe no processo ofensivo tem sofrido alguns golos. Mas isso também acontece porque é uma equipa em construção. Quando uma equipa tem jogadores com personalidade para arriscar um passe em determinadas zonas, na condução de bola e em determinados posicionamentos, obviamente estão mais expostos. Do lado contrário as equipas também têm qualidade para aproveitar esses mesmos momentos. É isso que vamos tentar fazer. Temos de provocar o erro ao Benfica, tentando condicionar o adversário em algumas zonas do campo e ser pressionantes. Se o conseguimos fazer, estamos mais perto de obrigar o adversário a cometer erros e, se isso acontecer, a probabilidade de fazermos golos aumenta. Temos de ser rigorosos quando tivermos a bola, criteriosos e agressivos em ambos os momentos. Mas, lá está, não sabemos que tipo de jogo vamos ter pela frente. Nós também temos cometido alguns erros e estamos a pagar a fatura por termos uma equipa em construção, mas a pouco e pouco vamos dando sinais de crescimento e de consistência. Qualquer resultado é possível e vamos à procura de ter a sorte e engenho para estarmos na final four."