Treinador do Vitória de Guimarães defende que ter mais jogos do que o Boavista não vai beneficiar a sua equipa.
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O Vitória de Guimarães estreia-se no campeonato este domingo, em casa, com o Boavista. Na antevisão da receção aos axadrezados, Ivo Vieira começou por responder se este é o teste mais complicado depois de ter eliminado, na Liga Europa, o Jeunesse Esch e o Ventspils, e na Taça da Liga o Feirense.
"É o mais exigente porque é o próximo. Os outros já nada poderemos fazer porque tudo já foi feito. Cada jogo é um desafio, temos consciência do que são os nossos adversários em qualquer competição, agora temos a competição mais importante que é o campeonato e vamos encontrar uma equipa competitiva. O grau de dificuldade poderá aumentar pela capacidade do adversário, mas a nossa motivação, concentração, motivação, empenho e organização também aumentarão naturalmente perante o que é o adversário".
Diferenças do Boavista em relação aos adversários anteriores
"O Boavista é uma equipa do nosso campeonato, conhece melhor a estrutura e os atletas do Vitória. Há um conhecimento mais profundo de tudo o que envolve o Vitória. Diferenças só se vão verificar no desempenho dentro do campo. Vamos ter paciência quanto baste. A nossa paciência é procurar a baliza do adversário e procurar fazer golos. Se não o conseguirmos fazer é por mérito do adversário e não por iniciativa nossa. Penso que o Boavista também vai querer ganhar o jogo, em termos estratégicos não me cabe a mim adivinhar o que o Boavista vai fazer".
Vantagem de ter mais jogos do que o Boavista
"Pode não ser uma vantagem o número de jogos que se fez. Por outro, pode ser realmente uma vantagem, é preciso é encontrar um equilíbrio para ver o que se quer. O número de jogos não nos vai beneficiar em nada. Tenho consciência que os adversários do passado não são tão competitivos como o Boavista e por isso iremos encontrar uma tarefa difícil. Tem de haver da nossa parte competitividade, dedicação e sermos organizados, intensos e inteligentes na abordagem ao jogo para tentar tirar vantagem. Ter ou mais ou menos jogos é uma questão psicológica. Os resultados foram bons, a equipa está mais saudável a nível mental e físico e isso faz com que os jogadores acreditem e estejam preparados para aquilo que é o desafio".
Importância de jogar em casa
"É importante jogar perante a nossa massa, a expectativa é que esteja muita gente apoiar-nos e vão ajudar-nos imenso. Precisamos dos nossos adeptos em volta da nossa equipa. Estes jovens jogadores têm feito um trabalho muito bom, mas para chegar à excelência ainda há um longo caminho a percorrer".
Contratação de Bruno Duarte para o ataque
"Normalmente não fico iludido por aquilo que se faz. Tento ser uma pessoa equilibrada, tento perceber as necessidades do plantel. E de forma muito evidente precisávamos de dois ou três atletas para equilibrar e dar mais competitividade ao grupo. A decisão foi vir um ponta de lança, acho que tínhamos necessidade de um jogador com outras características nessa posição. Fizemos muitos golos, mas queremos continuar a ser muito competitivos no último terço e também sabemos que o elevado número de jogos abrirá espaço para alguns jogadores e temos de estar salvaguardados em termos de opções".
Plantel está fechado, precisa de mais jogadores?
"O número é ajustado, a verdade é que neste momento o número não se ajusta à realidade do dia a dia. É um número suficiente, mas é quase como ter uma torradeira e não conseguir fazer uma torrada. Temos os atletas, mas temos muita gente que não está em condições de dar o seu contributo à equipa. Temos um vasto número de lesões e estamos a trabalhar para os recuperar. Esses atletas estão a faltar-nos para podermos ser um grupo mais forte, mais competitivo".