Rendimento baixou da primeira passagem para a segunda: vitórias caíram dos 70,1% para os 62,6.
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Mais de 120 milhões de euros investidos em duas épocas resultaram até esta fase em... zero títulos. Este é o pecúlio que Jorge Jesus apresenta ao deixar, pela segunda vez na carreira, o comando do Benfica, uma equipa que o treinador prometera a 3 de agosto do ano passado colocar a "jogar o triplo".
Se na primeira passagem, de seis épocas, Jesus somou dez títulos e duas presenças em finais da Liga Europa - ambas perdidas -, agora, e parafraseando a expressão utilizada pelo próprio, ganhou... "bola", tendo perdido a final da Taça de Portugal de 2020/21 e a Supertaça desse ano para o FC Porto.
Contratado por Luís Filipe Vieira com o objetivo de conduzir o Benfica à reconquista do campeonato, perdido em 2019/20 para o FC Porto, Jorge Jesus falhou esse objetivo e esta temporada estava nesta fase a quatro pontos da liderança, partilhada por FC Porto e Sporting. E olhando aos números entre a primeira e a segunda passagem, a verdade é que o saldo do treinador piorou claramente. No que diz respeito a vitórias, o aproveitamento caiu dos 70,1 por cento para os 62,6, levando naturalmente a um aumento dos percalços. Os empates subiram quase cinco por cento, dos 15,9 para os 20,5%, enquanto os desaires cresceram também: entre 2009 e 2015 perdeu 14 por cento dos 321 desafios comandados, enquanto desta feita viu os adversários vencerem 16,9% dos embates.
Após ter falhado na época passada o acesso à Liga dos Campeões, desta feita Jesus garantiu não só a presença na fase de grupos da prova como a qualificação para os "oitavos". Contudo, acabou por cair sobretudo por resultados nas provas nacionais e por questões do próprio clube.