Helton recorda Nuno e a saída do FC Porto: "Não estava a contar, mas respeitei"
Declarações de Helton, antigo guarda-redes dos dragões, ao programa "Hora dos Craques" do Porto Canal, apresentado por Maniche e Miguel Marques Monteiro.
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Saída do FC Porto: "Vou dizer uma coisa pela primeira vez num programa. Quando terminei no FC Porto, foi o ano que mais trabalhei para estar preparado. Tinha voltado de lesão, tive o acompanhamento do Paulo Colaço, foi uma recuperação incrível e nunca estive tão bem na minha carreira em termos físicos e psicológicos. Mesmo nas férias trabalhei, com muito afinco. Vinha para cá um treinador que tinha sido meu colega de quarto [Nuno Espírito Santos]. E, por respeito, pensei para comigo: 'tenho de estar muito melhor do que eu sou'. Quando começar a pré-época não posso partir em igualdade, tenho de partir à frente. Nunca tinha feito isso. Infelizmente, por detalhes, fui chamado, na véspera da apresentação, para dizer que não contavam comigo. Que tinha outros colegas que seriam as apostas. Conversámos a partir daí para uma rescisão. Confesso que mesmo assim esperava uma outra conversa. Depois, conversei com o senhor presidente, expliquei toda a situação, ele ouviu as ideias dos treinadores e tem de dar prioridade ao clube. Foi uma opção técnica. Ouvi isso, fiquei triste, obviamente. Não estava a contar, mas respeitei."
Não falou depois com Nuno: "Depois disso, não porque achei que não havia necessidade."
Foi uma decisão dele? "Penso que sim. Quando disse que o José Sá seria a aposta e o Casillas também, disse que ia respeitar. Sempre fui de 'se não me querem aqui, não tenho de estar'". Tinha mais um ano de contrato. Custou-me bastante. Durante uma semana mantive a rotina de acordar, levantar, e depois... alto."
Respeito: "Sempre procurei respeitar todos, dentro de campo é o nosso clube. Terminando, somos seres humanos. Infelizmente, não é sempre assim. Esse reconhecimento é um motivo de orgulho."
Jogava de calças: "Era conforto. As pernas lindas que tinha... [risos]. Só quando era obrigado é que jogava de calções."
Final da Liga Europa em Dublin: "É o jogo mais especial da minha carreira. Uma grande final. Duas equipas portuguesas, dia de aniversário. Tinha feito a promessa de só largar a taça no estádio [após a chegada a Portugal]. É a taça mais pesada que peguei."
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