Declarações de Helton, antigo guarda-redes dos dragões, ao programa "Hora dos Craques" do Porto Canal, apresentado por Maniche e Miguel Marques Monteiro.
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Início no futebol: "Comecei tarde. Agora começam muito cedo, eu comecei com quase 15 anos. Estudava, trabalhava e tinha esse sonho. No início não foi fácil. Tive a oportunidade no Vasco da Gama e a partir daí é que comecei a pensar mais. Tinha em mente ser jogador de futebol. No Brasil, nasce menina entregam uma boneca e um estojo de maquilhagem, nasce rapaz, recebe uma bola e um carrinho. Tive a felicidade de 'cair' no Vasco da Gama."
Ida para a baliza: "Fui fazer um jogo-treino no campo da Gilette com o São Cristóvão. Na véspera tinha caído um dilúvio e os dois guarda-redes faltaram. Era lateral-direito na altura, mas já tinha jogado na baliza no futsal e disse que ia para a baliza. No final, um olheiro do Vasco disse para ir fazer um teste. Tinha de pagar para fazer o teste, uns dez euros, fiz num núcleo do Vasco perto da minha casa. Disseram para ir ao Rio de Janeiro e fui para São Januário, onde fui recebido pelo Agostinho Cunha. 70 por cento do que fiz na minha carreira devo-o a ele."
Chegada ao FC Porto: "Quando chego ao Leiria foi uma pequena confusão a respeito do contrato. O que me ofereceram achei que não era o suficiente. O Baidek, empresário, disse para irmos ao Porto. Quando cheguei aqui não era o FC Porto era o Leiria, a quem sou grato por me ter aberto as portas. Tinha sido campeão brasileiro, da Libertadores... Já tinha alguma história no Brasil e ele disse para ir passar seis meses no Leiria para me adaptar ao campeonato. Não acertei o acordo com o Baidek e acabei por não vir. Entretanto, falei com o senhor presidente, que me disse: 'Você não está errado, o míster Mourinho pediu para você vir, mas pelo que me estás a contar... Não te preocupes continua a trabalhar que eu vou buscar-te'."
5-0 ao Benfica: "Todos os jogos são importantes na carreira de um jogador. Trata-se de um clássico, de um rival que todos sabem como se lida. Essa semana foi especial, fomos muito atacados, colocaram-nos muita pressão. Estivemos quietos. Até em marcações individuais falaram, que iam massacrar. Levámos com isso a semana toda."
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