Declarações de Helton, antigo guarda-redes dos dragões, ao programa "Hora dos Craques" do Porto Canal, apresentado por Maniche e Miguel Marques Monteiro.
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Foi capitão do FC Porto. O que transmitia aos companheiros? "É preciso algum cuidado, se passar muito a sua emoção, na íntegra, pode prejudicar o colega. Tentava utilizar uma linguagem que pudesse agregar todos. Aprendi no FC Porto algo que só quem lá esteve sabe."
Referências: "O Baía, o Jorge, o Pedro Emanuel. Foram figuras que me ajudaram a compreender cada cantinho do balneário. E os que chegam têm de ter a humildade de querer aprender. Vimos vários talentos que passaram, mas não estiveram. Talvez faltasse essa humildade."
Quando chegou disseram que ia ser suplente do Baía: "Encaro os pontos negativos como incentivo. A resposta que dei na altura foi natural, espontânea: não assinei contrato para ser titular e não nasci para ser titular. Onde passei tive de conquistar o meu espaço. Vou trabalhar e se tiver uma oportunidade tenho de estar preparado. Sempre quis ser diferente e para isso tinha de estar ao lado dos melhores e aprender ao máximo com eles."
Golos sofridos: "Um livre sofrido do Petkovic, é o que todos se lembram, ficou marcado pelo título. Há um com o Chelsea em que fiquei revoltado, a bola veio embrulhada, mas poderia ter defendido."
Jogo de pés: "Vem do futsal. Muitos pensavam que eu queria aparecer, mas era mesmo recurso. Até a forma de dominar vinha daí."
Algum treinador disse que não podia jogar assim com os pés? "Tive, mas não vou falar o nome. Disse que não queria e eu disse então vai ter de colocar outro porque eu só jogo assim. Corri o risco, mas tive de ser assim. Hoje em dia, vês a serenidade do Diogo Costa, a dominar a bola, a sair para o jogo a colocar onde quer, é muito mais bonito e eficaz. A equipa sabe que tem um guarda-redes a ajudar."
Voltou ao Leiria com 42 anos: "Foi por gratidão. Pelo clube e pela confiança que o presidente na altura depositou. Pediu a minha ajuda."
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