Presidente travou algumas iniciativas devido ao assédio por Amorim.
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A preparação do Sporting para 2023/24 enfrenta alguma estagnação. Frederico Varandas, ao que O JOGO apurou, meteu o pé no travão em alguns negócios, de modo a ter mais certezas de que os investimentos no plantel são destinados a Rúben Amorim.
Nesta fase, o presidente da SAD do Sporting congelou investidas por alguns reforços por não ter a garantia de que vá contar com o técnico na próxima época.
Amorim está satisfeito no Sporting, identificou em reuniões com a SAD as posições a reforçar, como O JOGO avançou em tempo oportuno, e tem o plano para a pré-temporada 2023/24, que vai arrancar em Lagos, bem definido. Ainda assim, o treinador, que tem contrato até 2026, está ciente de que o Tottenham e o Chelsea, sobretudo estes, o têm em boa conta, fazendo parte de uma restrita lista de candidatos a ocupar a cadeira de treinador principal. Para já, o foco está em acabar o campeonato da melhor forma, aproveitando para testar o 4x4x2 como esquema tático alternativo e também alguns jogadores sobre os quais têm dúvidas.
No final da época, Amorim deverá sentar-se com o seu representante, de modo a avaliar se uma proposta o pode levar a mudar de ares. Estes dois clubes londrinos e o PSG, que o tem no grupo dos treinadores para substituir Galtier, são os projetos mais aliciantes, que terão, no entanto, de dar a Amorim certezas de que parte das contratações só acontecerão com o seu aval.
Varandas e Hugo Viana, diretor desportivo, colocaram algumas conversas em stand-by, até porque, com a derrota do Braga na Luz, existe uma possibilidade remota de o Sporting aceder à Liga dos Campeões. Sempre fieis à ideia de reestruturar financeiramente o clube e de evitar, ao máximo, contratações que não encaixem no modelo do treinador. Portanto, não se vão gastar milhões em jogadores que a SAD considere que só se ajustam ao esquema tático de 3x4x3, por exemplo.
Tal como O JOGO noticiou, Jean Lucas, do Mónaco, era um dos desejos de Amorim para ser o médio-centro, mas as negociações com os fraceses esfriaram, pois o Sporting não está disposto a dar nove milhões de euros que o clube pede. A intenção é que Jean Lucas faça força para sair e que, assim, haja possibilidade de baixar o valor de uma possível transferência. Varandas está disposto a dar entre cinco a seis milhões de euros pela maior fatia do passe do atleta brasileiro. O dinheiro não estica e, tendo em conta que Amorim pede reposições para os lugares que vejam jogadores vendidos e que quer um médio-centro e um avançado para acrescentar qualidade, a SAD sabe que tem de ter cautela com o dinheiro a investir.