Francisco Conceição: "Foi aí que emagreci, corria com o meu pai no mínimo 15 quilómetros"
Francisco Conceição, extremo do FC Porto, deu uma entrevista à Revista Dragões
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Transformação física: "Antes da pandemia, apoiava-me muito nas minhas qualidades futebolísticas, no talento, no instinto, e não tinha noção da exigência do futebol ao mais alto nível. Durante a pandemia, o meu pai fez-me perceber o que era a transição do futebol de formação para o futebol sénior. Explicou-me que não era só o talento que conta, também a alimentação, o descanso e todos todos os pormenores fazem a diferença para chegar ao topo. Mentalizei-me de que é esta a única forma de ter sucesso."
As corridas de Sérgio Conceição eram uma motivação? "Muito, principalmente durante a pandemia. Foi aí que emagreci, porque todos os dias corríamos no mínimo 15 quilómetros para aliviar o stress de não haver futebol. Tornou-se um hábito, uma rotina, e se não corrêssemos já não estávamos bem connosco. Corríamos juntos, quando chegávamos aos 15 quilómetros, eu parava e ele continuava, porque gosta mais de correr do que eu [risos].
Poder físico e inteligência: "O futebol é cada vez mais físico, joga-se cada vez com mais intensidade e velocidade, mas também depende muito da inteligência dos jogadores, da capacidade de posicionamento e de antecipar as jogadas. Sei que num duelo físico posso não ganhar, mas se conseguir antecipar a jogada se calhar vou evitar esse duelo."
Camisola 10: "Gosto muito dessa responsabilidade e acho que um jogador para chegar ao mais alto nível precisar de a sentir e de a querer assumir. Quero e por isso agradeço ao presidente que me escolheu para o número 10."