Sequência gravosa de quatro jogos sem vencer gera clima de desconfiança, sobretudo, dirigido à equipa técnica. Para encontrar um arranque pior, é preciso recuar até 2019/20. O plantel está exposto a maior pressão antes do Feyenoord, embora a Europa estimule outras contas, para lá da dura intimidade com despistes na liga. Vicens obrigado a debate com a suas ideias
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Das ambições reforçadas para a nova temporada ao sentimento de deceção, o Braga de Carlos Vicens tarda em impor uma matriz convincente e, pior, desespera os adeptos, com a falta de resultados, tendo o empate em Guimarães ceifado ideias de topo e confirmado terrível sequência dos guerreiros. Levam, agora, quatro jornadas sem vencer, carregando angústias de falta de poder matador, que explicam a perda de nove pontos, fruto de empates com Aves SAD, Rio Ave e Vitória, e a derrota caseira contra o Gil Vicente. Uma triste sina desencadeada após triunfos autoritários frente a Tondela e Alverca, que sugeriam um Braga com argumentos para se aproximar do poderio dos grandes.
Marcada pelas derrapagens recentes, a equipa minhota anda muito distante do que dela se espera, faltando ainda entender a transposição para o campo da fórmula de Vicens, que tenta basear o ADN da equipa numa posse que ajude a fabricar domínio de jogo para jogo. Os percalços podem até ser justificados como dores de crescimento, mas a atual sequência gera insatisfação e alguma apreensão, numa época pautada desde os primeiros capítulos como uma das mais ambiciosas, com António Salvador a oferecer um contrato de quatro anos ao técnico espanhol e a dar ênfase à busca de um título de campeão neste exercício de quatro temporadas. O mercado também alimentou as pretensões.