Existem em Portugal perto de 181 mil futebolistas federados, mas a FPF quer mais.
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Neste momento existem em Portugal perto de 181 mil futebolistas federados, mas a FPF pretende atingir, até 2020, um número que se situe entre os 200 e os 250 mil praticantes, entre futebol, futsal e futebol praia, nas variantes masculina e feminina.
Os 181 mil futebolistas portugueses correspondem a 1,8 por cento da população total, valor ainda relativamente distante da fasquia recomendada pela UEFA, que tem como critério de referência os 3 por cento da população. Se chegar aos 250 mil, Portugal atinge assim os 2,5 por cento dos indivíduos, ou seja, um valor mais perto do ideal.
Esta informação foi esta sexta-feira transmitida por Pedro Dias, diretor executivo da FPF, durante o XIX Congresso Nacional de Gestão do Desporto, que hoje terminou na Escola Superior de Desporto de Rio Maior.
Pedro Dias lembrou ainda que, desde que há 17 meses começou a implementar um programa de cursos para dirigentes, a FPF já formou 1107 pessoas com responsabilidades diretivas no futebol português. Esse, aliás, foi um dos principais objetivos veiculados neste congresso: dotar de conhecimentos de gestão os dirigentes desportivos portugueses, cujo número poderá rondar os 100 mil - só a FPF tem 30 mil dirigentes sob o seu jugo.
O IPDJ também está empenhado nesta meta, segundo explicou Vítor Pataco (presidente), prometendo tentar mobilizar, nesse sentido, os cerca de 50 mil dirigentes de pequenos clubes nacionais.
"Damos especial atenção aos pequenos clubes. Há quem diga que não é responsabilidade do IPDJ, mas este organismo deve preocupar-se, na verdade, com as entidades de base, que preenchem o dia a dia de muitas pessoas, jovens, adultos, seniores e deficientes. Não devem ser deixados apenas às autoridades locais. Os pequenos clubes são a maior rede não governamental do mundo", explanou Vítor Pataco durante a sessão de encerramento.
Outro participante no congresso foi Alexandre Faria (na foto), presidente do Estoril Praia. "Hoje o Estoril tem toda uma estrutura de uma empresa. A solução para os clubes está nos gestores desportivos. Há que saber gerir um clube e torná-lo no mais capacitado possível", declarou.
Mais sintético foi Luís Rodrigues, da Guimagym, clube de Guimarães orientado para a prática de ginástica. "Melhores dirigentes, melhores clubes", salientando assim a importância que deve ser dada em Portugal à formação dos dirigentes desportivos, nomeadamente ao nível da gestão.