Tomas Händel regressou à competição mais de um ano depois e marcou pela equipa B do Vitória.
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Tomas Händel regressou à competição no passado fim-de-semana alinhando pela equipa B num jogo da Liga 3 diante do Vilaverdense. O médio veio de paragem de um ano e confessou no final do treino desta quinta-feira a libertação que esse momento representou, ainda para mais pontuado com um golo.
Para trás ficam meses de angústia, processos dolorosos e uma aflição a cada recaída. Tudo por conta de uma rotura muscular sofrida a 13 de fevereiro de 2022 num jogo com a B SAD, o médio cem por cento vitoriano na sua formação, viu a luz da sua afirmação apagar-se subitamente.
"Foi uma notícia muito difícil, nunca esperei ficar parado tanto tempo. Sempre que voltava acontecia algo e dava um passo atrás. Só se lida com isso com uma mentalidade forte, o acreditar que vai ficar tudo bem e com a ajuda de pessoas em redor, como foram a família, o departamento médico e colegas como o Jorge Fernandes, Zé Carlos ou Varela", desabafa Händel, reconhecido especialmente ao central. "O Jorge foi uma pessoa muito próxima, ajudou-me a ultrapassar obstáculos, estou muito grato a ele e espero ajudá-lo para que volte o mais rapidamente possível", frisa. Händel explicou ainda o significado do regresso, consumado em Vila Verde, ao serviço da equipa B.
"Quiseram-me dar uma recompensa, marcando esse penálti. Não foi mais que um golo, é certo, mas acabou por ser uma grande descarga emocional dos meses de sofrimento. Valeu a pena, o primeiro objetivo que tinha foi alcançado, que era fazer o que mais gosto", defende. E passa explicar a motivação acrescida que agora o acompanha.
"Agora quero voltar a jogar pela equipa A, a ser opção regular e ainda há um Europeu que quero muito disputar", admite, de pés bem assentes na terra.
"Foi uma lesão muito longa que obriga a gerir expectativas. Não há nada garantido, tenho de ganhar a confiança do treinador e recuperar a minha própria confiança", ilustra, satisfeito com o rendimento da equipa nesta segunda volta. "Os resultados são fruto da qualidade de todos e da união no balneário. Para mim é um sofrimento estar na bancada", remata.
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