Foi apresentado como reforço do Boavista, mas dívidas impedem SAD de o inscrever
Pouco mais de uma semana depois de ter sido oficializado no Bessa, Juninho voltou à casa de partida por não haver condições para ser inscrito. Dívidas da SAD obrigaram a recuar na contratação
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O JOGO já o noticiara em primeira mão e, há uma semana e meia, a 21 de janeiro, o Boavista anunciou a contratação do atacante brasileiro Juninho Vieira, 24 anos, ao Chaves, da II Liga. O novo dono da camisola 18 assinou por três anos e meio, anunciou a SAD, que partilhou nas redes sociais imagens do "mais recente reforço". A poucas horas do fecho do mercado de inverno, porém, Juninho revela-se, afinal, um reforço adiado pela impossibilidade de ser inscrito.
O negócio deve manter-se e os interesses do Chaves estão salvaguardados. O clube havia renovado com Juninho, antes da transferência falhada para o Bessa. Por agora, o jogador regressa a Trás-os-Montes, onde hoje se apresenta para ser reintegrado no plantel de Carlos Pinto.
Na semana passada, o Boavista desmentiu, em comunicado, ter salários em atraso, hipótese avançada numa notícia que dava conta do impedimento de inscrever reforços. Se fosse o caso, tal seria público, porque é objeto de controlo por parte da Liga, alegou a SAD. No entanto, há outras dívidas (ao Estado, à Liga, a ex-jogadores e treinadores) que podem conduzir a esta sanção, sem que haja lugar a divulgação da situação de incumprimento. As próximas horas poderão ajudar a esclarecer se o Boavista consegue reunir condições para inscrever reforços, de resto, como sucedeu com outras sociedades desportivas, nestes últimos dias.
Investimento adiado para o verão
No sábado, numa nota conjunta de Gérard López e Vítor Murta enviada à Lusa, o acionista maioritário desde 11 janeiro e o presidente do Boavista, respetivamente, fizeram saber que o plano da SAD visa um "forte investimento no mercado de verão", depois de uma "reestruturação entre o clube e a SAD", de contornos não especificados, a concluir "até ao final de março". A declaração foi feita na sequência de um incidente com adeptos, num treino que levou Ricardo Costa a deixar o cargo de diretor desportivo. Fary substituiu-o no cargo e no banco, na vitória em Portimão, a segunda na Liga e a primeira de Jesualdo Ferreira.