O Covilhã vai regressar ao estádio Santos Pinto em 2013/14, depois de sete temporadas a jogar no Complexo Desportivo da cidade, uma decisão aplaudida pelos sócios, que há muito reclamavam essa mudança
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A informação foi adiantada pelo presidente, José Mendes, na noite de quinta-feira, durante a Assembleia Geral do clube, e foi recebida com agrado pelos sócios, alguns dos quais deixaram de ir ver os jogos quando a equipa passou a jogar no novo campo, em 2006.
"Lá em baixo [Complexo Desportivo] nem conheço os jogadores. Só sei quem são porque estou a ouvir o relato e vejo os números", comenta Humberto Cruz, "agradavelmente surpreendido" com a notícia.
"No Santos Pinto estamos em cima dos jogadores e dos árbitros, os jogadores vão sentir-se mais apoiados", acredita João Albuquerque, em declarações à Lusa.
António Cardona era sócio cativo, mas com a mudança de estádio deixou de ir ao futebol. "Desde que saíram do campo lá de cima, o futebol morreu para mim", salienta, enquanto assiste a uma partida de bilhar na sede. O regresso ao antigo estádio, crê, poderá aumentar a assistência nos jogos.
José Mendes diz que a decisão pretende ir ao encontro da vontade dos sócios, mas o regresso à antiga casa, na zona alta da cidade, a cerca de 900 metros de altitude, obriga a algumas adaptações no campo.
Um grupo de pessoas já iniciou alguns trabalhos. O presidente sublinha os constrangimentos financeiros dos serranos e espera que as modificações se possam fazer com a ajuda de amigos do clube.
Humberto Cruz, sócio há 52 anos, entende que "a única vantagem" de jogar no Complexo Desportivo é o conforto. "Lá em cima não é tão confortável, mas prefiro estar à chuva. No Santos Pinto os jogos têm maior emoção, os jogadores sentem mais o calor dos adeptos", realça.
Por outro lado, acredita que isso se possa refletir no desempenho dos "leões da serra" na II Liga de futebol.