Fernando Gomes e a saída do Fair Play Financeiro: "As regras mantêm-se apertadas"
Fernando Gomes, administrador da SAD do FC Porto, refere que os dragões cumpriram "todas as regras que a UEFA determinou e tudo o que havia para ser cumprido para sair do fair-pay financeiro".
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A SAD do FC Porto apresentou, esta terça-feira, um resultado líquido positivo de 33, 405 milhões de euros - o maior alguma vez conseguido pelos dragões - e Fernando Gomes, administrador da SAD, abordou o tema do fai-play finaceiro.
Os azuis e brancos estão debaixo de olho da UEFA há quatro anos, mas esse "controlo" pode estar perto de chegar ao fim.
""O FC Porto, ao fim destes quatro anos de Fair Play Financeiro, criou condições para o sair. Cumpriu todas regras que a UEFA determinou e, por isso, pode hoje dizer que cumpriu com tudo aquilo que tinha de ser cumprido. É uma situação objetivo, não há interpretações dúbias. Agora, estas contas vão ser enviadas para UEFA como prova final do cumprimento destas obrigações e esperamos, muito em breve, no mês de novembro, a UEFA faça uma declaração pública a confirmá-lo", afirmou Fernando Gomes.
Apesar de se ter soltado destas amarras, o administrador financeiro do FC Porto sublinhou que o clube não pode regredir na gestão. "O que levou o FC Porto ao Fair Play financeiro foi ter contas que não correspondiam às exigências de uma sã gestão da UEFA. Os prejuízos foram maiores do que deveriam ter sido. O que todos nós queremos é que não voltemos a cair no Fair Play Financeiro, até porque, numa primeira negociação com a UEFA, tratada por mim e pelos meus colegas da área económica em diálogo direto, houve uma certa compreensão. Se isto voltar a acontecer, não estou em crer que haja a mesma boa vontade para superar o prazo em que estas questões têm de ser trabalhadas. Portanto, o FC Porto está atento e todos nós, na administração, sabemos que não podemos cair nessa situação de novo", referiu.
Desengane-se, porém, quem pensa que isto significará uma maior margem para investimentos. "As regras são apertadas na mesma, porque, da maneira que os custos com a equipa técnica e o plantel têm aumentado, temos de ter uma gestão muito cuidadosa. Portanto, não há nenhuma folga em relação ao futuro. Há, sim, na inscrição de jogadores na UEFA, no equilíbrio entre contas e vendas... Há algumas regras que ficam mais flexíveis e que facilitam a gestão. Mas folga em termos económicos e financeiros, nem pensar. Não existe", completou.