Chegou apenas esta época, mas parece já ter anos de Sporting: eis a ideia que o marroquino tem passado num grupo jovem e que tem apenas cinco atletas com 30 ou mais anos. Pilar na segurança do Sporting.
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Chama-se Zouhair Feddal, veio do Bétis a troco de pouco mais de 2 milhões de euros e, ao cabo de oito jogos oficiais que o Sporting já disputou esta época, é um exemplo de adaptação rápida.
Isto ao ponto de já ser, sabe O JOGO, considerado como um elemento fundamental no balneário do Sporting, jovem, uma vez que só tem cinco jogadores com 30 ou mais anos (para além do marroquino, contam-se Adán, Antunes, Neto e Coates, entre os 30 e 33).
No fundo, o central assume-se como uma espécie de capitão "extra", liderando pela paixão que coloca nos treinos e proximidade aos miúdos.
A facilidade na comunicação, dados os cinco anos que passou em Espanha, permite-lhe intervir nas sessões de trabalho, onde se junta aos mais novos para os habituais "meinhos", mas também nos jogos, onde já chegou a dirigir-se ao grupo antes da entrada em campo. Mais: nos estágios, tenta sempre ficar junto de outros futebolistas que chegaram este ano a Alvalade, caso por exemplo de Pedro Porro, que tal como Feddal jogava no país vizinho, mas no Valladolid.
O central é, assim, um ajuda ao papel que oficialmente é assumido por Coates e logo a seguir por Luís Neto, aproveitando, com efeito, a zona do terreno onde atua - na linha recuada, de três homens - para no relvado ajudar ao comando das tropas. Em clara ascensão de forma, e após uma época de 2019/20 onde sofreu alguns problemas de ordem física que o afastaram da competição no Bétis, o marroquino mostra essa tendência pelos números, que contra o Tondela (vitória por 4-0) foram de craque, não só atrás, mas também no ataque.
Além de ter atingido o máximo de interceções no campeonato (6), bloqueou duas tentativas de disparo por parte dos beirões, tendo ainda tempo para ameaçar por três vezes a baliza de Pedro Trigueira. No capítulo do passe, também brilhou, com 93% de taxa de eficácia, bem acima da média desta época (86,5%). Dentro deste último capítulo, nota para os passes de longa distância: acertou sete num total de oito - é uma das suas armas e espelho do futebol de Amorim.
Sentimento: Palhinha e João Mário transmitem... em verde
Para além dos trintões, há outros dois jogadores do Sporting que Amorim olha como peças preponderantes na transmissão dos sentimentos necessários para se jogar num clube grande. Neste caso falamos de João Palhinha e João Mário, que apesar dos seus 25 e 27 anos, respetivamente, nunca esconderam o seu sportinguismo, mesmo que nos últimos anos tenham andado longe de Alvalade. O camisola 6 esteve dois anos cedido ao Braga e o 17 regressou quatro anos depois por empréstimo do Inter.