Confira as avaliações feitas por O JOGO à equipa do FC Porto que venceu em casa do Lokomotiv por 3-1, em jogo da terceira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões.
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Casillas 7
Adivinhou para onde Manuel Fernandes cobrou a grande penalidade (10") e deu logo ali moral à equipa. Ia comprometendo num golo anulado ao Lokomotiv, mas antes já havia sido decisivo em mais duas ocasiões.
Maxi 5
Não recuperou num lance de ataque conduzido por Anton Miranchuk que podia ter dado golo (19"). As recuperações de posicionamento criaram alguns desequilíbrios num ou noutro lance.
Felipe 6
Foi a todas, disputando cada bola na raça e até ao fim, num estilo pouco ortodoxo, como é seu timbre, mas foi dos mais consistentes da defesa, ganhando muito jogo pelo ar, graças ao posicionamento. Um mau atraso ia borrando a pintura.
Éder Militão 5
Ficou mal na fotografia do golo do Lokomotiv (38"), permitindo que Aleksey Miranchuk o ultrapassasse para cruzar para o golo do irmão. Depois pareceu afetado e não transmitiu a mesma segurança defensiva habitual, desentendendo-se até com Alex Telles em algumas abordagens.
Alex Telles 6
Começou mal, com uma falta sobre Aleksey Miranchuk (10") que resultou num penálti. Depois redimiu-se e impediu o golo em cima da linha duas vezes no mesmo lance: primeiro a remate de Aleksey Miranchuk e depois a recarga de Éder (19"). Na segunda parte evitou que o português rematasse de uma posição perigosíssima, evitando um golo (56"). Nas bolas paradas, não acertou a mira.
Danilo 6
Não teve um adversário muito empreendedor no meio-campo, o que lhe abriu espaços para se adiantar aqui e ali, no apoio ofensivo. Só mesmo em contra-ataque é que foi chamado a algumas intervenções mais apertadas, mas saiu sempre por cima.
Herrera 7
Cabeceou muito bem para o segundo golo portista, ganhando a posição ao defesa que o marcava. Pressionou bem no meio e ajudou a fechar. Ia isolar-se (75") quando foi travado em falta por Kverkvelia, expulso.
Óliver 6
Com bons passes a descongestionar a circulação, trouxe discernimento na saída de bola e, a jogar de cabeça levantada, mostrou critério, procurando ainda criar linhas de passe para apoiar o futebol curto da equipa.
Brahimi 6
Apareceu para ajudar a fazer a diferença no regresso do intervalo, abrindo para Corona para este marcar. Ainda não foi o desequilibrador habitual, mas melhorou em relação aos últimos jogos.
Marega 6
Cobrou o penálti para o primeiro golo, mas quando teve oportunidade de meter velocidade, como gosta, não foi capaz de controlar a bola para tirar partido dos ataques que conduziu.
André Pereira 5
Entrou para refrescar o ataque, trocando várias vezes de posição com Marega. Ainda foi a tempo de uma grande jogada individual seguida de cruzamento (86"), que Bazoer rematou por cima.
Adrián López 5
Entrou e teve logo um belo toque de calcanhar (84") para Bazoer rematar ao lado.
Bazoer 4
Duas bolas nos pés (84" e 86") e sempre a mesma precipitação na hora do remate, quando até estava bem posicionado no lance em que Adrián lhe tocou a bola de calcanhar.
A FIGURA
Corona: 8
Matou pelas costas já depois de ferir
Finalmente uma exibição a condizer com aquilo que Sérgio Conceição espera dele, sobretudo esta temporada. O mexicano começou por construir o lance do golo de Herrera com um par de fintas pela direita, ganhando a profundidade para depois meter a bola ao segundo poste. No regresso do balneário, Tecatito demorou pouco tempo a matar o jogo, entrando nas costas da defesa e rematando para o fundo das redes, apesar de um adversário que ainda tentou impedir o inevitável. Os dois lances descrevem na perfeição aquilo que que tantas vezes se espera dele, mas poucas consegue materializar. A desequilibrar sempre assim, seria titular de caras nesta equipa. A falta de Otávio acabou por não se notar, porque Corona foi uma solução e não inventou com fintas inconsequentes como tantas vezes, optando antes por um pragmatismo que deu os seus frutos no marcador e deixou o FC Porto bem lançado para os "oitavos".