FC Porto voltou a sentir (muitas) dificuldades para controlar o jogo e lhe oferecer o ritmo que interessa.
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A retoma portista após o desaire na Luz (os 6-0 em Vila Real não contam...) não pode enganar Sérgio Conceição, ainda que a justiça da vitória seja inequívoca. O FC Porto recuperou índices ofensivos interessantes, inventou soluções num modelo alternativo sem que Marega tenha espaço para a profundidade e potenciou Brahimi e Corona à medida do futebol rendilhado de Óliver Torres, mas voltou a sentir (muitas) dificuldades para controlar o jogo e lhe oferecer o ritmo que interessa.
O jogo em Moscovo acaba, também, por fazer justiça a Óliver Torres, ainda que com muito tempo de atraso. Foi num jogo de Liga dos Campeões, há um ano, que o espanhol perdeu a confiança de Conceição
Desta, porém, foram os erros individuais (Maxi Pereira, Éder Milião, Maxi, Alex Telles...) a quase complicar um jogo preparado ao longo de quase duas semanas e com nuances que revelaram uma equipa capaz de jogar fora da dimensão preferida do treinador: a física. Valeu Casillas, em algumas ocasiões, e o acerto na frente para controlar um triunfo justo e que praticamente garante a permanência nas competições europeias. Agora que a vantagem na liderança é boa, convém manter os adversários à distância de segurança que só a água na fervura pode garantir. O FC Porto de Conceição é uma equipa que procura a vertigem, mas agora que olha de cima só tem de assentar bem os pés no chão. O primeiro lugar do grupo passa, também, a ser um objetivo. E com estatuto de favorito.
O jogo em Moscovo acaba, também, por fazer justiça a Óliver Torres, ainda que com muito tempo de atraso. Foi num jogo de Liga dos Campeões, há um ano, que o espanhol perdeu a confiança de Conceição, ainda que este tenha garantido, em mais do que uma ocasião, que Óliver voltaria a ser útil. Foi-o agora e nem precisou mudar muito a forma de jogar: o espanhol nunca terá a dimensão física de Herrera nem o jogo longo de Sérgio Oliveira, mas tem coisas que faltam aos colegas e que são úteis mais do que uma vez por ano.
Nota ainda para outras novas oportunidades. Corona tem tido algumas, mas finalmente aproveitou. Adrián somou dois jogos consecutivos, o que também é uma novidade. Bazoer estreou-se num jogo a sério e Marega reforçou atributos de um ponta de lança que nunca será
Nota ainda para outras novas oportunidades. Corona tem tido algumas, mas finalmente aproveitou. Adrián somou dois jogos consecutivos, o que também é uma novidade. Bazoer estreou-se num jogo a sério e Marega reforçou atributos de um ponta de lança que nunca será, mas que cada vez disfarça melhor que é. A maior das oportunidades foi, contudo, dada pelo treinador ao sistema, a um novo sistema em 4x3x3, onde os baixinhos foram uma maioria reivindicativa o suficiente para que esta ideia se possa repetir. A rever.