Tropeção dos rivais oferece aos portistas uma oportunidade de ouro de recuperarem um estatuto que procuram desde 21/22
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Quando Tiago Martins der ordem para que o encontro com o Nacional seja retomado, às 15h30, o FC Porto jogará pela possibilidade de terminar esta jornada do campeonato com um estatuto que há muito lhe vai escapando. Foi já na última ronda da competição de 2021/22, com o título de campeão nacional mais do que garantido, que a equipa azul e branca ocupou pela última vez o primeiro lugar sem companhia. De então para cá passaram-se 974 dias e disputaram-se duas edições da prova em que andou sempre a correr atrás ou com alguém ao lado, como sucedeu no arranque da atual, em que chegou a partilhar o primeiro lugar com o Sporting e o Famalicão até à terceira ronda.
Com Nico González castigado desde o primeiro jogo, Vítor Bruno não deverá mexer na dupla do meio-campo que apresentou de início, mantendo o emparelhamento entre Eustáquio e Alan Varela.
A oportunidade de ouro para ser líder isolado do campeonato é proporcionada pelo empate (4-4) do Sporting em Guimarães e a derrota (2-1) caseira do Benfica com o Braga, surgindo no rescaldo de uma eliminação da Taça da Liga em que Vítor Bruno acabou a exigir mais aos jogadores. Os dragões atravessavam a segunda maior sequência de jogos sem perder na temporada (sete) e deixaram fugir mais um objetivo depois da Taça de Portugal, aumentando ainda mais a necessidade de apresentar resultados no campeonato. Por isso, o treinador espera uma resposta forte no reencontro com os madeirenses para se jogarem os 75 minutos e 30 segundos que restam do embate suspenso a 3 de janeiro, por causa do nevoeiro, consciente de que a postura amorfa nos 14 minutos e 30 segundos jogados não pode repetir-se.
Com Nico González castigado desde o primeiro jogo, Vítor Bruno não deverá mexer na dupla do meio-campo que apresentou de início, mantendo o emparelhamento entre Eustáquio e Alan Varela. Contudo, os regulamentos permitem fazer alterações no onze desde que o jogador substituído não integre a ficha de jogo, pelo que não será de descurar a eventual saída de André Franco ou Pepê, dois elementos com um rendimento inferior ao esperado pelos adeptos contra o Sporting.
Sem derrotas na ilha desde 2015
A história de deslocações do FC Porto à Madeira na última década foi marcada por alguns percalços, mas o saldo ainda lhe é favorável. Entre jogos com o Marítimo, Nacional e União da Madeira desde 2014/15, os dragões jogaram naquele arquipélago 16 vezes e regressaram a casa com nove triunfos.
O último desaire foi precisamente naquela época, frente aos maritimistas, a contar para as meia-finais da Taça da Liga. Na Choupana, onde regressam hoje, já não perdem desde a temporada de 2013/14, quando eram orientados por Luís Castro.