São dez os golos de jogadores lançados durante o jogo. Toni Martínez marcou no Bessa, mas Anderson é o suplente de luxo.
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A vitória no Estádio do Bessa confirmou a tendência do Famalicão de marcar golos saídos do banco. São já 10 os golos que resultaram de remates certeiros apontados por suplentes utilizados. O brasileiro Anderson é grande obreiro desta proeza. Só à sua conta são já sete, alguns deles decisivos na sensacional caminhada da equipa no campeonato e na Taça de Portugal.
No Bessa, no entanto, os papéis inverteram-se. Anderson foi titular e Toni Martínez começou no banco, acabando por ser do espanhol o golo que voltou a colocar o Famalicão no pódio da I Liga. O antigo avançado do Lugo, onde estava por empréstimo do West Ham, saiu do banco aos 71 minutos e, dez minutos depois, já estava a bater Helton Leite.
Com o golo ao Boavista, Toni Martínez soma dois remates certeiros depois de sair do banco. Antes do jogo no Bessa, tinha marcado ao Mafra, na Taça de Portugal, num jogo em que entrou apenas aos 79 minutos. O espanhol não precisou de muito tempo para festejar. Essa é, aliás, outra tendência. Os suplentes lançados pelo técnico João Pedro Sousa não precisam de muitos minutos para marcar.
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Com um banco que rende juros, o Famalicão segue a sua caminhada triunfal. No fim do jogo com o Boavista, Toni Martínez deu uma justificação para os golos que saem do banco, lembrando o desgaste físico provocado por quem é titular. "O Anderson é um grande jogador, fez um trabalho muito difícil. Correu muito e o trabalho que fez foi muito importante para provocar cansaço nos defesas e depois eu aproveitar", destacou, garantindo que não vê no avançado brasileiro um adversário. "Não há concorrência entre nós. Há companheirismo."
Mas há mais explicações como o espírito de equipa e o empenho de todos. "Trabalhamos durante os 90 minutos como se fosse o último jogo da nossa vida", justificou o Toni Martínez, garantindo que o "golo é a recompensa do trabalho de todos".